Rádio Somos Todos Primos

Como seria o mundo sem memória?

“Como seria um mundo sem memória?” Esta foi a questão feita pelo jovem angolano, Israel Campos, jornalista e escritor, que o levou a escrever o conto “A última gota”, no qual o fez vencedor do 1.º Prémio no Escalão B (16-25 anos) da 43.ª edição do Prémio Nacional de Literatura Juvenil Ferreira de Castro.

Influenciado pelo ambiente familiar desde pequeno, Israel Campos, é afeiçoado a leitura e as artes num contexto geral. Aos 12 anos iniciou a sua carreira como locutor de Rádio, em Angola, aquando da sua prática na escrita. 

O jovem que atualmente é jornalista e escritor explica esta relação muito estreita entre o jornalismo e outros ramos.

“Eu não consigo cronologicamente determinar quando surgiu a paixão pelo jornalismo, porque acho que o jornalismo entra também como uma componente muito associado aos outros campos”, disse o jovem, em entrevista à RSTP.

O apreço pela leitura, escrita e o jornalismo tem encaminhado o jovem a um patamar de reconhecimento. O mais recente, foi o Prémio Nacional de Literatura Juvenil Ferreira de Castro, com o conto “A última gota”,

O conto “A última gota”, surge de uma ideia especulativa do jovem, que quis retratar como seria o mundo sem memória. 

Ao explicar o processo de escrita desta obra, o jovem diz “não ter sido um conto fácil de se escrever”.

“Não foi um conto fácil de escrever, não que existam contos fáceis. Mas existe alguns contos que saem com maior facilidade para o papel e outros que demoram que demoram mais. […] Eu tinha uma ideia especulativa, que é, como seria o mundo sem memória, como que seria o mundo sem memórias do passado.[…] Este conto parte dessa premissa ”, referiu.

“A última gota” rendeu o prémio ao jovem que disse ter se sentido “muito feliz”

“Quando recebi a notícia que tinha sido vencedor, eu fiquei realmente muito muito feliz, porque eu já tinha participado para este prémio e não tinha vencido, tinha recebido uma menção honrosa. Achei um prémio super interessante”, disse.

Israel Campos, sublinhou também da necessidade de haver uma  maior relação entre a comunidade de jovens escritores e jornalistas dos Países de Língua Oficial Portuguesa, o que poderá servir de impulso para criação de amizades e reforço nas cooperações, seguindo o exemplo dos séniores.


“Esses nossos mais velhos tem uma grande relação entre eles, portanto, sinto que a mossa geração deve também aprender com essas relações até históricas, que criaram essas redes de contactos”, ressaltou.

Israel Campos é também autor do livro “E o céu mudou de cor”. Em 2021 foi considerado uma das 100 figuras negras mais influentes da lusofonia, pela Bantumen.

Exit mobile version