Dezenas de são-tomenses manifestaram-se hoje em Lisboa para demonstrar o seu descontentamento contra o que consideram ser “50 anos falhados” e de “má governação” de São Tomé e Príncipe, que celebra hoje 50 anos de independência.
Quenilson Marques, um dos organizadores do protesto, sublinhou que a manifestação teve o objetivo de demonstrar o “descontentamento” pela atual situação do país e teceu críticas ao sistema de governação que resumiu em “falhanço económico, político e social”.
“Hoje São Tomé e Príncipe completa 50 anos de independência […] mas, nós na prática não somos independentes, o país é 100% dependente. Se formos ver a estrutura do país hoje em dia é um falhanço total, tudo degradado”, disse o jovem numa live para o facebook, durante manifestação.
Marques salientou também que a manifestação “não é contra a independência”, mas uma oportunidade de “dizer a verdade ao mundo”.
“É preciso nós dizermos a verdade ao mundo. Não adianta nós continuarmos a dizer ao mundo que o país está bem, não! São Tomé e Príncipe está mal[…] 50 anos que nós não temos motivos para comemorar”, afirmou.
A luta pelo fim da politização da justiça, pela igualdade, e melhores condições de vida, estiveram no cerne da manifestação. “Nós queremos um São Tomé e Príncipe para toda gente, […] basta 50 anos de miséria, […] queremos mudança”, foram das muitas frases proferidas durante a manifestação.
“A nossa democracia não funciona, o país está abandonado”, disse um participante.
“O governo de São Tomé e Príncipe está incitar o povo a ser gatunos e criminosos”, referiu outra participante.
O momento contou com a presença de alguns meios de comunicação social e ao longo da marcha despertou a atenção dos que se encontravam nos bares, cafés e dos que caminhavam pelas ruas de Lisboa.