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PR de Angola “condena atos criminosos” e assegura que a ordem foi restabelecida em Luanda 

O Presidente da República de Angola, João Lourenço, condenou hoje, o que considerou de “os atos criminosos” realizados durante a manifestaçãoque começou em Luanda, na segunda feira, e assegurou que apesar das ações “premeditadas para a destruição do património público e privado”, a ordem nacional “foi prontamente restabelecida”

“O que assistimos desde segunda-feira, foram atos premeditados de destruição do património público e privado, assalto e pilhagem de estabelecimentos comerciais, ameaças e coação…isto é grave, isto é crime punível e condenável. Evidentemente que as forças da ordem atuaram no quadro das suas obrigações e por isso a ordem foi prontamente restabelecida, e a vida voltou ao normal”, disse o Presidente.

João Lourenço sublinhou que as ações incitadas por “por cidadãos irresponsáveis, manipulados por organizações antipatriotas nacionais e estrangeiras, trouxe o luto e a destruição”.

Durante o seu discurso feito nesta sexta-feira, 1, João Lourenço lamentou a perda de vidas e expressou “sentimentos de pesar a todas famílias enlutadas”.

O Chefe de Estado de Angola, aproveitou a ocasião para agradecer às entidades públicas e privadas, que se pronunciaram publicamente condenando os “atos bárbaros”, bem como os serviços de saúde e as forças da ordem que “prontamente atenderam aos feridos”.

O presidente não referiu que medidas serão tomadas consoante a centenas de cidadãos presos por vandalismo, entretanto, de acordo com as informações avançadas pela RFI, referiu a “justiça angolana começou a julgar e a condenar centenas de jovens implicados nos actos de vandalismo e pilhagens, durante à greve dos serviços de táxis, e que a “Ordem dos Advogados de Angola (0AA) está mobilizada para garantir julgamentos justos aos mais de mil cidadãos detidos”.

A manifestação teve o início nesta segunda-feira, em Luanda, Angola, contra a subida do preço dos combustíveis e o aumento do custo de vida, mas que têm sido marcados por atos de vandalismo, pilhagens e violência.

Em declarações à imprensa após a sessão no conselho de ministros, o ministro do interior, Manuel Homem, pediu  “confiança nos órgãos de segurança nacional, que estão empenhados em garantir que a segurança, a estabilidade e a paz social se concretize” e garantiu como “calma a situação de segurança pública no país”.

O ministro avançou também que atualmente foram registados “22 mortos, 197 feridos e 1214 detidos por vandalismo e pilhagem”. Para além da província de Luanda, o conflito alastrou-se também à província de Malanje.

Desde o início da manifestação, o Presidente João Lourenço manteve-se em silêncio. A ação incitou a revolta de diversos artistas angolanos, que recorreram às redes sociais para se pronunciarem sobre os acontecimentos.

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