Várias pessoas morreram e outras estão dadas como desaparecidas na sequência de fortes chuvas, que atingiram na madrugada desta segunda-feira, 11, a ilha de São Vicente, em Cabo Verde, que levaram o Governo do arquipélago a declarar estado de calamidade nas ilhas de São Vicente e Santo Antão.
De acordo com os dados provisórios das autoridades, as chuvas que iniciaram entre às 03:00 e 04:00 da manhã (05:00 e 06:00 em Lisboa), fizeram até então sete vítimas mortais e causaram graves danos em infraestruturas públicas, habitações e viaturas.
“Em tão pouco tempo, por volta de mais ou menos duas horas e meia de chuva, muita trovoada, muita chuva. Neste momento, há sete mortes confirmadas”, afirmou o ministro da Administração Interna de Cabo Verde, Paulo Rocha, citado pela Rádio de Cabo Verde (RCV).
Paulo Rocha alertou que o número de mortos poderá aumentar, pois ainda há pessoas desaparecidas.
“A Câmara Municipal e o Governo têm de fazer o levantamento. Pode levar alguns dias. O primeiro passo é tentar localizar as pessoas desaparecidas e pôr todas a salvo, mas onde for necessário, faremos as intervenções”, acrescentou ministro.
A administradora do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG), Ester Araújo de Brito, explicou que uma onda de leste, inicialmente prevista como pacífica, “intensificou-se ao passar sobre as ilhas ocidentais, incluindo São Vicente, Santo Antão e São Nicolau, provocando precipitação intensa e trovoadas”.
Num comunicado feito pela página oficial, o Governo de Cabo Verde declarou “Estado de Calamidade em S. Vicente e Santo Antão Passagem Onda Tropical” e endereçou “os seus sentidos pêsames às famílias enlutadas e preocupação pelos desaparecidos”.
“O Governo já declarou Estado de Calamidade para poder acionar o Fundo Nacional de Emergência com vista a fazer face aos estragos provocados nas estradas, ruas e outras infraestruturas e acudir as pessoas em situação difícil provocada pela intempérie. Este é um momento que exige união nacional, solidariedade e ação concertada de todos para, juntos, ultrapassarmos esta tragédia”, acrescentou.
Fonte: RTP Notícias