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Instrutores da FIFA lançam duras críticas à FSF durante curso de arbitragem

FIFA

Os instrutores da FIFA criticaram duramente a Federação Santomense de Futebol (FSF), apontando deficiências nas condições logísticas e operacionais disponibilizadas para o curso técnico para instrutores e assessores de arbitragem, focado nas recentes atualizações das leis do jogo implementadas pela FIFA, que teve lugar na capital são-tomense.

As condições não são boas. Nós fizemos bastante, mas tenho a dizer que as condições não são boas, aqui faz muito calor, não há luz, não há internet, o campo apresenta diversos problemas. Os participantes não são alojados, não há transporte… nada está bem para uma federação como a de São Tomé e Príncipe”, criticou o responsável pelo desenvolvimento da arbitragem da FIFA em África, Athanase Nkubito.

Segundo o responsável da FIFA, o curso só foi possível graças a persistências e dedicação dos participantes que demonstraram um grande empenho na busca pelo conhecimento, tendo elogiado o potencial dos árbitros são-tomenses.

Eles são inteligentes, corajosos, sabem o que procuram e estão em busca de conhecimento. Eu vos felicito, vocês não vieram buscar equipamentos ou dinheiro, vieram buscar conhecimento sobre a lei do jogo. É isso que está em causa”, destacou.

Eu vos observei e constatei isso, apesar de todos os problemas que vimos”, acrescentou.

Athanase Nkubito lamentou, no entanto, a falta de projeção internacional dos árbitros são-tomenses.

São Tomé e Príncipe não tem grandes árbitros de CAN, FIFA, porquê?”, questionou o dirigente.

São Tomé e Príncipe não se qualificou para o CAN, não se qualificou para a Copa do Mundo, mas os árbitros podem estar lá. Os árbitros instrutores fazem parte da equipa nacional, é possível”, adiantou Nkubito.

Em reação às críticas, Aníbal Ferreira, Vice-Presidente da FSF, defendeu que a responsabilidade é partilhada.

A responsabilidade é tão grande que não pode recair apenas sobre a Federação, mas sobre todos nós que fazemos o futebol”, precisou Aníbal Ferreira.

O curso teve a duração de cinco dias, e os participantes aprofundaram conhecimentos sobre as alterações às leis de jogo, posicionamento no campo e uso de novas tecnologias aplicadas ao futebol moderno.

No entanto, Nkubito comprometeu-se a elaborar um relatório técnico detalhado sobre a realidade observada durante a sua missão em São Tomé e Príncipe.

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