Um grupo de pais e encarregados de educação concentrou-se na terça-feira em frente ao gabinete do Primeiro-Ministro e da Presidência da República, manifestando descontentamento face ao atraso do processo de emissão de documento na embaixada de Portugal para a concessão de vistos, a fim de que os filhos possam deslocar-se à Portugal para frequentar cursos profissionais.
“Colocamos os documentos na embaixada já faz meses e ninguém fala nada e nem nos liga para saber a solução desse caso”, disse uma das mães, Regina da Silva.
Os pais e encarregados da educação pediram solução para que os seus educandos consigam frequentar os estudos em Portugal.
“Eu apelo às pessoas que trabalham na embaixada, governo que nos dê alguma resposta porque as aulas já começaram e nossos filhos estão em casa sem estudar” apelou a encarregada de educação, Fátima de Encarnação.
O diretor do ensino secundário, Nelson Fernandes, esclareceu a situação referindo que “correm rumores de que é o Ministério da Educação, Cultura e Ensino Superior que tem vedado as possibilidades dos alunos terem adquirido os vistos para se deslocarem à Portugal e continuar os seus estudos”.
A RSTP teve acesso à uma carta da ministra da Educação à embaixada de Portugal, na qual o Governo decidiu todos os pedidos de vistos formação profissional em Portugal devem passar pelo Ministério para obtenção de um visto prévio, sem o qual a embaixada não deve conceder o visto para o aluno.
“Depois disso o Ministério através da Direção do Ensino Superior encaminha todo esse processo para a embaixada, chegando a embaixada o Ministério já não interfere nos processos e fica na tutela da embaixada”, sublinhou o diretor do ensino secundário, Nelson Fernandes.