Estudantes são-tomenses na UNILAB queixam-se do racismo e clamam por representação diplomática

Dizem que sofrem do racismo por serem bons e os docentes não permitirem que sejam melhores que os estudantes brasileiros. Consideram que a representação diplomática, além de fornecer um acompanhamento de proximidade, ajudaria a colmatar aquilo que caracterizam como “o maior problema”: a renovação do passaporte.

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“Aqui temos são-tomenses suficiente para termos uma Embaixada ou um Consulado” defendeu Walton da Trindade, representante geral da Associação dos Estudantes São-tomenses na UNILAB , em entrevista ao programa “O Reino das Conversas” da RSTP.

O líder estudantil considera que a falta de uma daquelas instituições no Brasil causa vários transtornos para os estudantes, sobretudo na questão da documentação.

“Se nós queremos renovar o nosso passaporte, temos que voltar para São Tomé e Príncipe. É uma coisa desumana. Passagem para Brasil é muito cara e com a situação actual, esta por volta de 40 mil dobras.”

Walton da Trindade disse este é o maior problema dos estudantes são-tomense no Brasil que muitas vezes utilizam como alternativa para tratar dos seus documentos a deslocação para países vizinhos “que têm a Embaixada de São Tomé e Príncipe como Cabo Verde e Angola.”

 “Estamos jogados a nossa sorte”, disse.

Além disso, este líder estudantil disse que os estudantes são-tomenses no Brasil reclamam de “acompanhamento de perto com as entidades santomenses”.

“Ministra dos Negócios Estrangeiros deveria fazer alguma coisa, porque existem muitos santomenses aqui.”

Perante a situação o representante dos estudantes são-tomenses na UNILAB lançou um apelo. “Gostaria aproveitar dessa live, se por ventura tiver alguma entidade são-tomense nos acompanhando para que olhasse para os são-tomenses aqui no Brasil. Somos muito aqui, muito, mais muito mesmo, e já está na altura de termos uma Embaixada ou um Consulado…essa é a nossa maior necessidade”.

“A questão do Racismo aqui é muito forte e é visível”

Longe de casa, sem representação diplomática e acompanhamento das autoridades de São Tomé e Príncipe, os estudantes são-tomense no Brasil enfrentam ainda outro problema: o racismo.

“Apesar de ter muitos negros no Brasil a questão do racismo é muito forte, e é visível mesmo dentro da universidade. Há professores que ti coloca para baixo mesmo você sendo bom (e somos bons alunos), porque não podes ser melhor que os brasileiros”, revelou Walton da Trindade,representante dos estudantes são-tomenses na UNILAB.

“A questão do Racismo aqui é muito forte e é visível”, revelou o líder estudantíl que retratou uma situação real que teria vivido em que uma mulher recusou partilhar o táxi com ele

“Eu não vou entrar neste táxi, eu vou noutro porque havia um negro lá atrás”, relatou.

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