Candidatura de Vila Nova questiona decisão de juízes do TC que ordenam a recontagem de votos

A candidatura de Carlos Vila Nova, considerado pela comissão eleitoral Nacional como candidato mais votado na primeira volta das eleições presidenciais realizadas no dia 18 de julho, demonstrou “muita preocupação e perplexidade” face ao acórdão assinado pelo Presidente do Tribunal Constitucional e mais um juiz determinando a recontagem de todos os votos das eleições Presidenciais do dia 18 de julho.

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 “Votos que não deviam ser mais recontados porque não houve contestação na mesa e indeferido no apuramento distrital que tem também juiz de direito, mas dois juízes do Tribunal Constitucional ordenam a recontagem, quando deviam simplesmente confirmar o indeferimento da Assembleia Distrital”, considerou o mandatário do candidato Carlos Vila Nova.

Álvaro Silva disse que “é com muita preocupação e perplexidade que nós tomamos conhecimento do acórdão ontem, que ia no sentido contrário, para mandar a recontagem dos votos”.

Face a esta situação, a candidatura de Carlos Vila Nova não tem dúvidas de que se está a montar um esquema para que haja fraude na recontagem dos votos. O director da campanha, Américo Ramos, sustenta esta ideia com o facto de que os dois juízes que assinaram o acórdão divulgado terem ligações com o candidato Delfim Neves que pediu a recontagem dos votos. O presidente do TC, Pascoal Daio, foi advogado de Delfim Neves e o juiz-conselheiro Hilário Garrido é cunhado do candidato.  

“Não há margem para dúvidas de que essa gente age de conformidade com a pretensão desse candidato”.

Américo Ramos questiona também a seriedade do acórdão: “como é possível que na sexta-feira, dia 23, o Tribunal Constitucional reúne para decidir sobre o recurso da candidatura de Delfim Neves, os cinco juízes decidem rejeitar esse recurso, no domingo, só o senhor Pascoal Daio e Hilário Garrido vão à instituição para elaborar um outro acórdão que contraria totalmente com aquilo que fizeram na sexta-feira com o colectivo dos juízes. Isso demostra claramente a maquilhagem, a bandidagem nesse processo”.

O candidato Carlos Vila Nova, apoiado pelo partido ADI, foi o mais votado nas eleições de 18 de julho tendo obtido, segundo a CEN, 32022 votos correspondente a 39.47% dos votos válidos.

“O que nos preocupa é que as urnas estão há uma semana nas assembleias distritais e nós desconhecemos o que é que está a acontecer neste momento com elas. Nós desconhecemos o que é que pode ser feito nestas urnas em uma semana. Eu até digo que isto é até de propósito da Comissão Eleitoral Nacional de mantê-las lá no sentido de criarem situações para que quando virem a fazer a recontagem apareçam coisas que a gente não sabe e coloque em dúvidas estas eleições que os próprios observadores internacionais viram que foram transparentes”, afirma Américo Ramos.

Com mais de 15 mil votos de diferença em relação ao segundo candidato mais votado, a candidatura de Carlos Vila Nova afirma ainda estar bastante tranquila e preparada para a segunda volta, porque acredita que mesmo com a recontagem Carlos Vila Nova continuará no primeiro lugar.

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