Milhares de pessoas participaram na marcha contra Violação Sexual de Menores

Com o grito de revolta “queremos a justiça” alunos, professores, deputados, entidades governamental e religiosas e a sociedade civil marcaram presença nesta terça-feira, 19 de Maio, na marcha contra o Abuso Sexual de Menores e Violência Domestica organizado pela Câmara Distrital de Mé-Zóchi. Esta mesma cidade onde recentemente fora palco de um crime bárbaro contra uma mãe e duas filhas. A marcha foi testemunhada em várias artérias da cidade, onde podia-se observar cartazes escritos “abaixo a criminalidade”, “não queremos a violência, queremos paz”, “segurança e amor entre outros mais”.

A união entre as entidades e a sociedade civil foi definido como o momento de quebrar o silencio e unindo numa só voz “que esta ação continue em nós e quero agradecer à todos que aderiram esta marcha. Não vamos bater palmas porque este não é o momento, mas levemos em nós a consciência de termos participado e que somos importantes. Ainda somos poucos para edificar esse país que fará em Julho quarenta anos de independência, mas levemos isso connosco, lutemos contra o abuso sexual de menores e a violência doméstica. Arguiu a presidente da Câmara Distrital de Mé-Zóchi Isabel Domingues.Por outro lado o Vice-presidente da Assembleia Nacional Levi Nazaré enquanto representante da casa Parlamentar nesta marcha frisou que a nível da Assembleia Nacional tudo que é da competência da casa parlamentar a nível constitucional, de tudo será feito para ajudar a combater esse flagelo que assola o país. “Todo que chegar a Assembleia, quer pela iniciativa dos outros órgão quer pela nossa iniciativa, estaremos lá para legislar ou seja fazer leis para evitar esse látego, pois não vamos demorar muito tempo nem vamos dormir, vamos é agir contra violação sexual de menores e violência doméstica” acrescentou.

Em oito de Março do corrente ano o Fórum das Mulheres São-tomenses lançou uma campanha contra violência sexual de menores e violência domestica e, nesta ordem de ideia também se fez presente na voz da sua presidente Maria de Carmo Silveira que mostrou-se bastante emocionada em unir forças com a população de Mé-Zóchi para dizer que “estamos contra violência doméstica e que nós queremos que nossos filhos possam crescer com tranquilidade, nós queremos dizer um basta, um não ao abuso Sexual de Menores”.

Quem mostrou-se também revoltado foi o Ministro da Justiça e Direitos Humanos, Roberto Raposo, que presidiu esta marcha em representação do Governo. No seu discurso pediu que as entidades competentes fizessem justiça em curto prazo, no sentido de o povo de Mê-zochi possa dizer que ajustiça foi feita. No seu discurso deixou bem claro que o governo de tudo fará para combater a criminalidade “em nome desse povo, nós estamos aqui no sinal da nossa colaboração e no sinal do nosso Governo, atentos a todo esse aumento do fenómeno de criminalidade. Por isso povo de Mé-Zóchi, daquilo que depender deste governo e do Ministro da Justiça, podem ter a certeza de que a justiça será feita em nome do todo povo são-tomense”.

Com estas palavras do ministro, a população mais uma vez fez ecoar a sua voz ao som de “justiça” não escondendo a sua indignação e repulsa.