São Tomé e Príncipe e Portugal aprofundam cooperação militar

Fuzileiros navais são-tomenses e portugueses fizeram um exercício militar conjunto, no âmbito da iniciativa “Mar Aberto”.

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A parceria entre os dois países em exercícios conjuntos deverá prosseguir no futuro.

Serviu também para marcar o final da visita do secretário de estado português da Defesa e da presença de dois navios de guerra lusos que estiveram em águas territoriais do arquipélago, nomeadamente a fragata Álvares Cabral para fiscalizar o mar territorial do arquipélago. Os fuzileiros da Guarda Costeira participaram também em ações de formação durante a estadia.

«Têm vindo a aumentar as ações de fiscalização nas águas de jurisdição de São Tomé. É um acordo conjunto em que partilhamos a responsabilidade nessa fiscalização», afirmou o secretário de Estado da Defesa Nacional de Portugal.

Segundo Marcos Perestrello, Portugal está também empenhado em ajudar São Tomé e Príncipe a aumentar as condições de operacionalidade das suas Forças Armadas.

O exercício, com desembarque anfíbio na praia de Fernão Dias, teve como objetivo neutralizar um centro fictício de traficantes de drogas, uma situação que pode tornar-se real a qualquer momento. Pela primeira vez, houve entrosamento das forças especiais dos dois países, nesse tipo de operação.

O tenente Silva Precioso, da Marinha de Guerra de Portugal, garantiu que o seu país está pronto para colocar os seus meios navais ao serviço dos países africanos de língua portuguesa.

O primeiro-tenente Tomé Sousa, comandante do corpo de fuzileiros navais de São Tomé e Príncipe, assegurou que os seus homens estão preparados para agirem sozinhos ou em parceria com militares de países amigos, para neutralizar ou dissuadir as ameaças à segurança nacional, como a pirataria marítima, contrabando, ou tráfico de drogas.

A parceria entre os dois países em exercícios conjuntos deverá prosseguir no futuro.

Entretanto, o fortalecimento da guarda costeira e a dinamização da engenharia militar, são áreas de intervenção técnico-militar portuguesa, e que deverão ser reforçadas no novo programa de cooperação 2018-2020.

«Procuraremos contribuir para o fortalecimento da estrutura superior de defesa de São Tomé e Príncipe, quer o ministério da Defesa Nacional, quer a estrutura superior das Forças Armadas. Manter o programa de desenvolvimento da Guarda costeira vai ganhar maior importância, tendo em conta o recrudescimento de alguma pirataria no Golfo da Guiné. No âmbito da engenharia militar vai continuar o programa de melhoria e manutenção das infraestruturas militares», explicou Perestrelo.

Durante a sua visita, o Secretário de Estado da Defesa Nacional de Portugal participou em ações sociais. Entregou medicamentos ao Hospital Central Ayres angariados pelas forças armadas portuguesas e ofereceu uma biblioteca com livros técnicos e medicamentos para as Forças Armadas.

Fonte: e-Global Notícias em Português

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