“Precisamos fazer uma reforma que não só tem a ver com a saída de pessoas, mas também melhor enquadramento, aproveitamento dos recursos humanos, valorizando o capital humano, e enquadrá-los em função do desempenho que cada uma das instituições deverá ter”, disse o governante no ato central para assinalar o Dia do Trabalhador.
“Nos últimos dez anos, a nossa administração pública triplicou. Nós tínhamos três a quatro mil funcionários públicos, hoje estamos em cerca de 11 mil e isso cria uma pressão bastante grande sobre o orçamento geral do Estado”, acrescentou o ministro, citado pela agência Lusa.
A redução do efetivo na função pública são-tomense corresponde também às exigências da última missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), que, segundo fontes do Ministério das Finanças, Comércio e Economia Azul, exigiu ao executivo a redução de pelo menos dois mil funcionários no aparelho do estado.
“Em média, as despesas com salários deveria cifrar-se em 33%, mas hoje, na nossa administração, nós temos 55% como peso de pagamento de salários no nosso orçamento geral do estado”, explicou Emílio Lima.
No dia em que se assinala mais um 1.º de Maio, o Governo são-tomense diz “ter a consciência” de que os salários praticados no país “são baixos”, mas sublinha que é difícil aumentá-los por falta de capacidade financeira do país e falta de produção das empresas e instituições.
“Nós temos consciência que neste momento os salários estão baixos, mas o seu aumento tem a ver com um conjunto de requisitos. Nós não podemos garantir melhores salários se não temos produtividades nas empresas, não temos produtividades nas várias instituições, quer públicas quer privadas”, disse o governante.
Sublinhando que “as condições socioeconómicas do país neste momento não são as melhores”, o objetivo é “melhorar as condições de vida de todos os trabalhadores”.
Fonte:portugaldigital.com.br