Nascida a 09 de Abril de 1973, na cidade de Bissau, Nancy Germano Schwarz Okeigwe, casada, licenciada em Sociologia e formação especializada em Educação Especial e Inclusiva, para pessoas com Síndrome de Asperger (Autismo) e Dislexia.
Educada pela Mãe e pelos Avós, desde muito cedo foi ensinada a valorizar as coisas simples da vida e a expressar os seus sentimentos e anseios de forma assertiva, livre e responsável, evitando o confronto agressivo, numa atitude de respeito pelos sentimentos do Outro.
Em 1987, foi estudar para a República de Cuba, onde permaneceu até 1992. Foi neste país que aos 16 anos de idade, revelando já a faceta ativista que a iria caracterizar ao longo da sua vida, decidiu integrar as fileiras da Juventude Africana Amílcar Cabral (JAAC),convicta de que este tipo de organizações constitui-se como uma plataforma essencial para combater a passividade e aumentar os níveis de responsabilidade social.
Quando, em1992, o seu irmão mais velho lhe comunica que a Mãe lhes enviara o bilhete para o voo do regresso definitivo a Portugal, sentimentos contraditórios se apoderaram de Nancy, entre a alegria do regresso para junto dos seus familiares mais próximos e a tristeza de deixar amigos e um país que lhe ensinara a verdadeira essência do sacrifício na defesa dos ideais de justiça.
Uma vez em Portugal, conclui o Ensino Secundário na Escola Secundária João de Deus, em Faro e frequentou durante 2 anos, o curso de Sociologia no Pólo da Universidade Lusófona de Portimão. Continuou a sua Formação em Lisboa, na mesma Universidade Lusófona, sendo condecorada a melhor aluna do 3.º ano do seu Curso. Dedicou o diploma recebido a sua Mãe, Maria Fernanda Ledo Germano Schwarz que considera ser a sua maior fonte de inspiração.
Ainda na Universidade, foi cofundadora do “Movimento Estudantil Guineense para a Emancipação Cívica”. O Movimento organizou uma marcha em Lisboa, intitulada “Na Defesa da Paz e Estabilidade da Guiné-Bissau”, evento que mereceu a cobertura por parte da RDP África.
Em 2006, durante uma viagem de férias ao Canadá, percebeu a necessidade de aumentar a sua proficiência ao nível da Língua Inglesa, pelo que no seu regresso a Portugal, optou por sair da empresa onde trabalhava, na área de Recursos Humanos, passando a residir no Reino Unido.
Em Londres, conhece o autor do projeto “Associação da Comunidade Guineense em Londres”, que a convidou para formarem a Associação. Os trabalhos desenvolvidos por esta Organização, são bem conhecidos da comunidade guineense e lusófona de Londres e também na Guiné-Bissau.
Em 2011, Nancy Schwarz sempre dedicada às causas solidárias e de ajuda ao próximo, pediu licença sem vencimento à Direção da MacIntyre, organização onde trabalhava como Técnica na área Sociopedagógica, a fim de poder coordenar a equipa que levaria materiais escolares, hospitalares e vestuário, destinados aos Hospitais de Bissau, Bafatá, Mansoa e Bolama.
De regresso ao país que havia deixado 26 anos antes, e após ter recuperado do “choque” inicial ao constatar o estado de penúria em que se encontrava a sua Guiné, o desejo que a avassalou foi o de participar direta e ativamente na reconstrução da Guiné-Bissau.
Fonte: nancygschwarz.com