Portanto, o que são as “ordens superiores”? – Nada mais do que um elemento abstrato que se usa como um subterfúgio, um escape, uma areia atirada aos olhos dos mais inépcios para esconder o ardil maquiavélico no fundo da cena. O conceito faz com que factos históricos, números, justiça, procedimentos formais e moralidade tornem-se somente questões político-ideológicas. Uma arte de discursar estimulando ódios em ignorantes.
Quando se chega no caso de Kuwait, prefiro citar Srº Abnilde de Oliveira: “O dinheiro de Kuwait não está no cofre do Estado, mas ele existe e está disponível!”, e dada a natureza do contrato, devemos “pagar os juros da dívida”. E ainda segundo ele, “um dia o dinheiro de Kuwait virá!”… talvez caia do céu como maná caiu para o povo de Israel?
Proponho aqui um caminho da Lucidez. Olhai em torno de vós mesmos, vede vós o salário das instituições? – Acreditais vós ser possível que um salário desse naipe possa produzir enriquecimentos exponenciais em tão pouco tempo?! – Meu irmão sempre ensinou-me que os números nunca mentem. Calculais o tempo em exercício do poder mais o salário e vejais se bate certo com patrimônios adquiridos e com o estilo de vida ostentado. Dos 10 milhões, o que foi de facto feito? – E outras dívidas, como foi gasto o dinheiro? Seria transparência um sonho?
Contudo, o Senhor Abnilde acusa o Governo atual de “criar terroristas”. Devo tecer elogios ao Senhor Abnilde, é de uma lealdade canina ao Mestre. É um homem de valores, pelo menos ao Mestre! O Seu Mestre sem lealdade alguma ao país, desapareceu na vinda de Jesus sem assumir sequer o cargo na Assembleia Nacional. O seu Mestre criou, como Frankenstein, um monstro que o devora e alega que hoje está “correndo perigo de vida”. E é este mesmo monstro de Frankenstein que sacou uma pistola no parlamento em lealdade ao Mestre, e que hoje tenta com outros derrubar o próprio Mestre no seio do Partido! Atualmente, ele surge em vestes celestiais pregando a moderação e o Bom Senso… como diziam os antigos: com boas maneiras quer hoje adoçar o próprio Diabo.
Sendo um cidadão santola, gostaria que o Senhor Abnilde de Oliveira pudesse reconhecer os terroristas quando andava bem ataviado em Prados do Estado enquanto o povo, como faquir, esmolava e a iniciativa privada morria em nome de especiais interesses! Queria que o terrorismo para ele não fosse apenas ameaça aos interesses do seu Mestre. E mais do que isso, que a miséria do País o tivesse de facto afetado, que a sua sensibilidade e Senso de Justiça florisse não apenas em discursos de oposição! Terrorismo é fechar os olhos para a Pobreza da pátria no grande jogo de cadeiras pela posição de colono negro!
Não se tem nada a temer… está-se abrindo um óptimo precedente para o futuro… Os que falharem com as Leis merecem cadeia e bens confiscados. E se um dia os governantes de hoje cometerem crimes semelhantes, “com o mesmo ferro será ferido!” – E os Governantes de ontem? Que sejam igualmente capturados, um país não sobrevive cultivando “bandidos favoritos”, não importando de que Partido for!