“Sete são-tomenses provenientes do País no passado dia 11 de janeiro, portadores de vistos válidos, foram impedidos de entrar em território português. Os referidos compatriotas viram negada a sua entrada por terem prestado declarações, à Polícia de Fronteira, aparentemente pouco consistentes com a finalidade da viagem” lê-se numa publicação na página do facebook da Embaixada de São Tomé e Príncipe em Portugal.
A mesma publicação refere que “tendo tomando o conhecimento das dificuldades dos sete cidadãos nacionais, a Embaixada de São Tomé e Príncipe interveio junto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, mediante o envio de um diplomata ao Aeroporto Humberto Delgado.”
Questionado, este sábado sobre o assunto o embaixador de São Tomé e Príncipe, António Quintas, disse que ” cinco deles foram postos em liberdade, na medida em que eles conseguiram reunir os documentos que estavam em falta“.
Segundo o Diplomata todos os envolvidos tinham o visto de entrada em Portugal, mas “havia dois que estavam numa situação mais críticas, mas algumas informações que eles deram não estavam corretas“.
António Quintas que falava na UCCLA, no final do lançamento do documentário “A Sombra do Poder”, afirmou que “há um outro lado do problema, que é o lado mais diplomático que briga com a livre circulação de pessoas e bens no espaço da CPLP que está sendo tratado a nível diplomático“.
“Diante do episódio narrado, esta Embaixada chama a atenção dos cidadãos são-tomenses que pretendem viajar com destino à Portugal para a necessidade de se preocuparem não apenas com a obtenção dos vistos de entrada, mas, igualmente, com os seguintes aspetos: Saberem explicar o motivo da viagem a Portugal; Terem à mão o endereço do local onde ficarão hospedados durante a sua estada em Portugal; Terem à mão o nome e contacto da pessoa que emitiu o Termo de Responsabilidade;- Assegurarem que a pessoa que passou o Termo de Responsabilidade esteja no Aeroporto no dia e à hora da sua chegada a Portugal; Trazerem algum dinheiro (euros ou outra moeda convertível”, lê-se na pagina oficial da embaixada.
Sobre os dois são-tomenses que estão retidos no aeroporto de Lisboa há uma semana, o embaixador são-tomense em Portugal, concluiu dizendo que “se não responderem os expedientes que nós fizemos provavelmente serão repatriados“.
