O partido Ação Democrática Independente, ADI num comunicado publicado na sua página oficial do facebook, pediu ao Presidente da República para “assumir a presidência do comité de luta” contra o o Covid-19 que é actualmente presidido pelo Primeiro Ministro, Jorge Bom Jesus.
O pedido da ADI surge um dia depois de Jorge Bom Jesus ter anunciado ao país a confirmação de 4 casos positivos de Covid-19 em São Tomé e Príncipe. Segundo a ADI ” o Governo não criou e não possui as condições mínimas para proteger a população e os profissionais da saúde contra um contágio pelo Covid19.“
Leia na integra o Comunicada do partido Ação Democrática Independente (ADI)
Comunicado
O ADI lamenta profundamente a notícia da confirmação da existência de COVID-19 no país.
Ao Governo, solicitamos apenas que seja honesto e humilde.
Após a declaração de pandemia mundial, depois de 3 semanas de constantes alertas sobre a impreparação e fragilidades das competências do nosso país face a este novo Corona vírus, quando já vínhamos a assistir aos efeitos devastadores do covid-19 no mundo, a declaração do Governo e do seu primeiro responsável vem somente confirmar o que todos já pensávamos:
O Governo não criou e não possui as condições mínimas para proteger a população e os profissionais da saúde contra um contágio pelo Covid-19.
A atitude pouco transparente até hoje do Governo preocupa a todos, e por isso pedimos, face a gravidade da situação, a Sua Excelência o Presidente da República para assumir a Presidência de um Comité Nacional de Luta que possa reunir o Governo, as verdadeiras competências técnicas nacionais, sem exclusão, e os nossos parceiros internacionais, para enfrentarmos essa situação que só agora se tornou oficialmente uma crise.
– Os dados acerca da circulação interna do vírus pelos portadores?
– Os números existentes no pais de testes e os números previstos?
– A chegada do laboratório e o tempo de realização e de obtenção dos respetivos resultados?
– O número de máscaras, luvas, batas de proteção e viseiras existentes e encomendados?
– As capacidades reais em oxigénio e quantos ventiladores temos?
– Onde, com quem, como e quanto para lidarmos com os constrangimentos logísticos?
– O que esta previsto para a Região Autónoma do Príncipe que sofre da dupla insularidade?
– As infraestruturas hospitalares dedicadas e os protocolos para todos os intervenientes?
O Governo não tem certamente todas as respostas nem a celeridade para as obter, por isso deixemos de protagonismos suicidários, sejamos realistas, porque é agora, e chegou a hora de pormos São Tomé e Príncipe acima de tudo e todos.
O ADI, reitera a sua total disponibilidade em defesa da Nação.
