O líder da Bancada Parlamentar do partido ADI, que tem 25 dos 55 deputados da Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe, anunciou esta terça-feira que “na manhã de hoje[28 de julho], introduzimos uma moção de censura ao XVII Governo Constitucional”.
Esta moção de censura, segundo Abinildo Oliveira vem “em linha de coerência” da posição do partido aquando dos debates de avaliação de Estado de Emergência, no dia 30 de junho, e o Debate sobre o Orçamento de Estado Retificativo e Grandes Opções de Plano (GOP) que foram aprovados, na manhã desta terça-feira, com votos a favor do MLSTP/PSD e da coligação PCD/MDFM/UDD e votos contra do ADI. O Movimento Independente de Cauê e um deputado do ADI optaram pela abstenção.
O ADI entende que apesar da realização destes dois debates com a presença do Primeiro-Ministro, Jorge Bom Jesus, “o país reclama por um maior esclarecimento daquilo que é a sua vida, daquilo que são as orientações políticas, económicas e sociais”. O ADI acusa o executivo de “má gestão no processo da pandemia [Covid-19]” e considerou que “o nosso país revela um disfuncionamento grave nas instituições.”
Em declarações aos jornalistas na sede do ADI, Abinildo Oliveira diz que o Primeiro-Ministro “pôs em causa a vida de todos os santomenses” quando segundo o ADI, “assistimos o senhor Primeiro-ministro e o seu Governo a liderar uma marcha para o mercado e a fazer um comício.”
Abnildo Oliveira disse que o “primeiro-Ministro tem revelado um mau aluno… porque “o orçamento que apresentou( orçamento retificativivo no valor de 130 milhões)… é um orçamento irreal.”
O Líder Parlamentar do ADI considera que só a moção de censura poderá permitir esclarecer mais os santomenses. “Nós entendemos por bem que através deste mecanismo [Moção de Censura] podemos aprofundar o debate e esclarecer mais os santomenses”, disse Abnildo Oliveira.