PJ diz que homem não morreu nas suas instalações, mas vai abrir inquérito para averiguar

O Director Adjunto da Polícia Judiciaria disse que, inquérito preliminar realizado pela instituição indica que, nas 2 horas e 45 minutos que Nelson das Neves “Lady” ficou nas instalações da PJ, o homem sentiu um “mal-estar físico” e foi “imediatamente conduzido às urgências do Hospital Central” aonde “minutos depois, tomou-se conhecimento que o infrator Lady acabara por falecer”.

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Avelino Quaresma disse que estas “são informações acolhidas de um ‘inqueritosito’ que fizemos dentro do momento para conhecer a veracidade dos factos”, mas assegurou que “o Ministério Público e a Polícia Judiciária vão instaurar um inquérito” que deverá revelar “efetivamente o que teria acontecido”.

‘Lady’, de 23 anos, era procurado pela justiça desde fevereiro, quando agrediu, brutalmente, com catana, a sua companheira, na zona de Água Arroz, deixando-a com ferimentos graves e colocou-se em fuga.

O Director Adjunto da Polícia Judiciária explicou que desde então a PJ estava a trabalhar para capturar o homem, sem por em causa a sua saúde. “A Polícia vinha fazendo algum serviço, mas que não pusesse em causa qualquer tipo de problema de saúde” do foragido, disse acrescentando que “por isso que todos os trabalhos foram feitos com o objetivo do cidadão manifestar o seu interesse de entregar-se”.

O homem entregou-se, não à PJ, mas aos Serviços Prisionais que o conduziram à Polícia Judiciária onde faleceu em menos de três horas depois. Entretanto, Avelino Quaresma assegurou que “a proteção de saúde e o direito a vida é o objetivo delineado pela Polícia Judiciária”.

Os familiares do falecido e dezena de populares manifestam-se a frente da Polícia Judiciária exigindo que se faça justiça. “Queremos justiça! Ele não é cão” pediu uma sobrinha do malogrado. Uma irmã de ‘Lady’ disse que os agentes da PJ deram-lhe porrada e teriam dito que queriam ver o seu “irmão morto”. “Como ele veio a andar que ele saiu morto?” questiona a família.

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