Na noite de quarta-feira, na sua primeira declaração depois de o TC produzir dois acórdãos contraditórios sobre a recontagem dos votos, Posser da Costa defendeu um “entendimento abrangente e respeito estrito pelas instituições e pelas leis”.
“Lanço um apelo veemente para que uma solução transparente e legal seja encontrada o mais depressa possível para a atual situação e para a retoma da normalidade social e institucional e a conclusão do processo eleitoral”, disse o candidato, que conta com o apoio do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/ Partido Social Democrata (MLSTP/PSD), no poder.
Sem se referir aos acórdãos do TC, Guilherme Posser da Costa defendeu que “uma recontagem dos votos seria o método mais adequado para garantir a transparência dos resultados e a verdade dos eleitores, dando legitimidade democrática plena ao vencedor”.
Para o candidato, “o cargo e as responsabilidades de um Presidente da República são demasiados importantes para que a sua legitimidade esteja ensombrada por episódios pouco claros, suspeições e dúvidas.”
Segundo os dados provisórios divulgados pela Comissão Eleitoral Nacional (CEN), Posser da Costa ficou no segundo lugar nas eleições de 18 de julho e deverá disputar a segunda volta com o candidato Carlos Vila Nova.
Os resultados oficiais das eleições de 18 de julho deverão ser anunciados pelo TC, que está paralisado porque os juízes estão divididos quanto à decisão sobre um recurso apresentado pelo terceiro classificado, Delfim Neves, exigindo a recontagem dos votos.
Carlos Vila Nova, primeiro classificado, com 39,47% dos votos, mostrou-se contra a recontagem dos votos, defendida por Posser da Costa, segundo classificado com 20,75%, e Delfim Neves, com 16,88%.