O Governo repudiou as manifestações realizadas durante o fim de semana, por um grupo de cidadãos, “sem autorização prévia”, defronte da residência oficial do Presidente da República, à residência do Presidente do Tribunal Constitucional com “o propósito de invasão a privacidade e coação” e a “vigília diante do Palácio do Povo” e “na praça da independência.
O Primeiro-ministro disse foram “tentativas de promover e testar a reação das forças de defesa e segurança”.
Em comunicado lido esta segunda-feira, o Primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, considera que o actual período é “preocupante e precário”, por isso exige de todos contenção para evitar caos social.
“O contexto pós-eleitoral é deveras preocupante e precário, e exige de todos os actores políticos, sociais e sociedade civil organizada muita contenção para evitar derivas, aproveitamentos e até caos social”, afirmou.
O chefe do governo instou os dirigentes políticos a “adoptarem uma postura de responsabilidade patriótica perante a conjuntura actual” que está relacionada com o processo eleitoral e a imagem do País.
Aos jovens, que considerou serem “a principal massa nessas manifestações e protestos”, Jorge Bom Jesus pediu “calma e serenidade” até que “as instituições competentes de direito, possam, a breve trecho, resolver o contencioso eleitoral e viabilizar a sua conclusão”.
O Primeiro-ministro avisou que o Governo não vai tolerar qualquer acto de desordem pública, nem “desafio as autoridades”.
“Para garantir o clima de paz, tranquilidade social e segurança de pessoas e bens, doravante, o governo não vai tolerar nenhum acto de subversão da ordem pública, desacato, vandalismo e desafio às autoridades.“
O alerta do chefe de Governo também foi extensivo aos dirigentes políticos e aos partidos.
“Os dirigentes políticos e as forças partidárias que de forma acintosa, pública e comprovadamente instrumentalizam a população, (…) organizando e financiando actos ilícitos, puníveis por lei, que incitem a violência, ao ódio, a insurreição e a desordem pública serão responsabilizados política e criminalmente,” advertiu Jorge Bom Jesus.