O ministro das infraestruturas, Osvaldo Abreu garantiu, na quinta-feira, que a situação energética no país vai estar estabilizada antes do final do ano.
Há cerca de seis meses que São Tomé e Príncipe tem registado sucessivos cortes de energia elétrica devido a avarias de várias centrais de produção energética.
A previsão do fim da crise foi anunciada no dia em que mais duas comunidades, do distrito de Cantagalo, nomeadamente, Castelo e Santa Clotilde, passaram a ter a energia elétrica pela primeira vez.
O ministro Osvaldo Abreu avançou que os apagões poderão terminar ainda este ano, graças ao trabalho conjunto de técnicos nacionais e estrangeiros que estão a trabalhar na reparação das centrais elétricas.
“Eles nos dizem que antes do final do ano todas as centrais de São Tomé e Príncipe […] estarão em funcionamento, trazendo para a nossa população de São Tomé e também do Príncipe a produção suficiente para que já não tenhamos corte de energia”, avançou o ministro Ovaldo Abreu.
O ministro das infraestruturas integrou uma grande equipa governamental chefiada pelo Primeiro-ministro, e acompanhada pelos técnicos da Empresa de Água e Eletricidade, EMAE, que estiveram nas comunidades de Santa Clotilde e Castelo para a inauguração da rede elétrica.
O primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus considerou que é um “momento de história” que marca “um virar de páginas” para estas comunidades que diz terem entrado na “civilização” com a chegada da luz elétrica, 46 anos após a independência.
“Nós temos que permitir que todos os são-tomenses sejam iguais, usufruam das mesmas condições independentemente do lugar onde escolheram viver”, afirmou o chefe do Governo.
Segundo o chefe do Governo a instalação da energia elétrica “vai permitir uma nova dinâmica ao nível social e económico” nestas comunidades.
“Era preciso estar aqui para perceber a vossa alegria e emoção. Só quem sai da escuridão para a luz é que consegue entender isso”, enfatizou Jorge Bom Jesus quando falava à comunidade de Santa Clotilde.
“Este Governo, para o tempo [de um ano] que resta, escolhemos três áreas que são de base: água, energia, estrada”, precisou o chefe do executivo, afirmando que o objetivo é garantir “igualdade e equidade de oportunidade”.