Maximino Carlos assume Direção da Rádio Nacional

O secretário de Estado da Comunicação Social indigitou o jornalista e apresentador Máximino Carlos para chefiar a direção da Rádio Nacional, enquanto decorrer o inquérito sobre a denúncia de assédio sexual de que é acusado o diretor da estação, que foi hoje suspenso.

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Maximino Carlos

O Governo de São Tomé e Príncipe nomeou uma comissão diretiva para a Rádio Nacional, enquanto decorre um inquérito contra o diretor da estação, Silvério Amorim, hoje suspenso, após acusações de assédio sexual a funcionárias e estagiárias da instituição.

Num despacho hoje divulgado, o secretário de Estado da Comunicação Social, Adelino Lucas, referiu que “a situação se revela de grande gravidade” e “havendo toda uma necessidade de se apurar a veracidade dos factos, no estrito cumprimento das normas laborais vigentes”, mandou “instaurar um processo de inquérito sobre o assunto [denúncia de assédio sexual] junto da Inspeção Geral da Administração Pública”.

O despacho do secretário de Estado refere que enquanto decorrer o processo de inquérito “fica o senhor Silvério Amorim suspenso das funções de diretor da Rádio Nacional”, tendo sido criada uma comissão diretiva, presidida pelo antigo diretor, e até então chefe do Departamento de Informação da Rádio Nacional, Maximino Carlos.

Integram ainda a comissão o atual chefe de departamento de programas, José Manuel Noronha, e a chefe de secção da Direção Administrativa e Financeira, Inês Correia.

Num segundo decreto também divulgado hoje, o secretário de Estado da Comunicação Social decidiu que Silvério Amorim “fica impedido de usar os microfones da Rádio Nacional, enquanto durar todo o processo de inquérito”.

A suspensão surge na sequência da denúncia de uma antiga estagiária que acusou o diretor da Rádio Nacional de perseguição por não ter correspondido aos seus desejos sexuais.

“O senhor diretor queria que eu deitasse com ele, por esforço” denunciou a jovem, que diz ter informado o secretário de Estado da Comunicação Social, em agosto do ano passado, sobre a situação, mas que não foi tomada “nenhuma medida”.

“O mais grave aconteceu num determinado dia em que o senhor diretor me chamou para o seu gabinete, convencida eu que se tratava de um assunto de trabalho, mas para o meu espanto ele trancou a porta e me agarrou, tentando beijar-me”, lê-se na carta da denunciante, com data de 28 de agosto de 2020, e endereçada ao secretário de Estado da Comunicação Social, Adelino Lucas.

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