Novo ministro das Finanças garante OGE moderado e reajuste salarial em 2022

O novo ministro das Finanças disse que acompanhou o processo da proposta de reajuste salarial e, assim como o primeiro-ministro, considerou que “é um processo irreversível”.

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Engrácio Graça

 O novo ministro das Finanças, Engrácio Graça, que tomou posse na terça-feira, prometeu elaborar um Orçamento do Estado mais virado para as pessoas, tendo como prioridades as áreas da Saúde, Educação e Infraestruturas, e a aplicação do reajuste salarial.

Engrácio Graça disse que assumiu as funções de ministro das Finanças, Planeamento e Economia Azul com o “sentimento de servir a Nação da melhor forma possível” e identificou as prioridades para o ministério, que considerou “uma pasta complexa”.

 “A nossa prioridade é a mobilização de recursos. Quer recursos internos, quer externos, por via de donativos e financiamentos para alavancarmos a nossa economia”, precisou o antigo diretor dos impostos, depois de assumir as funções de ministro das Finanças.

Engrácio Graça disse que tem acompanhado a definição das linhas gerais do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2022 que será entregue no parlamento “na segunda semana de novembro”.

“É um orçamento moderado na medida dos recursos que o país dispõe. Vamos priorizar sempre aquelas áreas tradicionais, Saúde e Educação e com um enfoque para as Infraestruturas”, explicou.

O ministro das Finanças destacou que “é preciso infraestruturar o país” para assegurar o desenvolvimento e defendeu que é preciso fazer sentir o crescimento da economia “tocar na vida das pessoas”.

O novo ministro disse também que acompanhou o processo da proposta de reajuste salarial e, assim como o primeiro-ministro, considerou que “é um processo irreversível”.

“Retirou-se esse processo na Assembleia Nacional, mas vamos brevemente retomar o processo de forma inclusiva, vamos trabalhar em conjunto para termos um reajuste salarial à medida de todos”, explicou.

O processo de reajuste salarial tinha sido submetido pelo Governo no Parlamento em maio com o objetivo de impor “maior justiça salarial”, mas foi contestado por alguns sindicatos, que entraram em greve, o que paralisou o processo, entretanto retirado do parlamento cerca de seis meses depois.

O novo ministro das Finanças não garantiu que o documento seja implementando este ano, referindo “que tudo vai depender da dinâmica, das negociações e dos contactos” com os funcionários públicos e os sindicatos.

Engrácio Graça é licenciado em Direto e até agora exercia as funções de diretor dos impostos, tendo sido antes assessor do antigo Presidente são-tomense, Evaristo Carvalho.

A cerimónia de posse decorreu no Palácio do Povo e foi testemunhada pelo primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, pelo ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Comunicação Social e Novas Tecnologias, Wuando Castro, e pela ministra da Justiça, Administração Pública e Direitos Humanos, Ivete Lima.

Também acompanharam o ato os membros do gabinete do Presidente da República e alguns convidados do novo ministro.

A investidura do ministro das Finanças antecipou a remodelação do Governo que o primeiro-ministro prometeu para breve, em que deverá preencher a pasta do ministro da Defesa e Ordem Interna.

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