Os profissionais de saúde são-tomense paralisaram desde segunda-feira o banco de urgência do Hospital Ayres de Menezes por falta de “condições básicas” de segurança e climatização dos serviços, atendendo apenas “casos graves”.
Segundo a presidente do sindicato dos médicos de São Tomé e Príncipe, Benvinda Vera a Cruz a decisão de avançar com a paralisação deve-se à falta de cumprimento, por parte do Governo, dos compromissos assumidos no memorando assinado para a suspensão da greve anunciada pelos profissionais de saúde em novembro.
“Temos uma porta que não funciona. As pessoas entram quando querem e não se sabe quem entra na urgência”, disse Benvinda Vera Cruz, acrescentando que o que mais incomoda os profissionais de saúde é a falta de ventilação do espaço.
“São coisas tão básicas que nós não deveríamos chegar a este ponto”, precisou a médica.
Benvinda Vera Cruz disse que os profissionais de saúde trabalham numa situação “super precária” no hospital, particularmente no serviço de urgência, onde a falta de ventilação tem afetado os enfermeiros e médicos, bem como os doentes internados.
“Nós estamos aqui vulneráveis” disse a presidente do sindicato dos médicos exigindo a melhoria “das condições do banco de urgência de forma imediata”.
“Enquanto não vierem para pôr climatização e arranjar a porta, a paralisação vai continuar”, assegurou.
Vera Cruz salientou que os casos de doentes graves serão atendidos, garantindo que a paralisação não visa colocar em causa a vida dos utentes.
“Nós somos seres humanos, somos profissionais. Nós não vamos deixar um doente grave para morrer. Vamos entrar mesmo assim com toda dificuldade, porque o nosso objetivo é não deixar as pessoas morrerem”, afirmou
Segundo a médica, a direção do Hospital já assegurou que está a trabalhar para garantir as condições exigidas no banco de urgência.