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Governo pede apoio e parceiros mostram disponibilidade face a danos das chuvas torrenciais

Edite Ten Jua

A ministra dos Negócios Estrangeiros, Edite Ten Jua, reuniu-se hoje com o corpo diplomático acreditado no país para informar da “situação muito complicada” registada no país, anunciando disponibilidade dos parceiros em colaborar com o executivo.

“Cumpria-se fazê-lo, naturalmente, decorrente desta situação das cheias que tem estado a acontecer no nosso país, com particular enfoque aqui na ilha de São Tomé em que, efetivamente, nós temos uma situação muito complicada com grandes cheias a nível das grandes artérias, não só da capital, mas dos vários distritos – derrocadas, quedas de pontes”, afirmou Ten Juá, após o encontro no Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A responsável pela diplomacia de São Tomé e Príncipe referiu que informou “com verdade” o que está “efetivamente a acontecer no país” e pediu “dentro daquilo que é possível o apoio” dos parceiros, “bilaterais e multilaterais” para ajudar o executivo a “debelar esta situação” que se abate sobre todos no território são-tomense.

“É momento para se fazer avaliação, momento para atuar com emergência, mas também momento para prevenir e criar condições se houver necessidade de uma intervenção muito mais profunda e aqui naturalmente que os nossos parceiros têm um papel também que é significativo”, declarou.

Foto: STP-Press

Edite Ten Jua considerou que era importante “dar-lhes espaço para que eles [parceiros] também possam sugerir e, a ser necessário, dar a sua contribuição”.

“Foi recebido muito bem, o facto de o Governo chamar o corpo diplomático para fazer um ponto da situação e, portanto, mostraram toda a sua disponibilidade também em colaborar com o Governo”, conclui a ministra.

Antes do encontro entre a ministra dos Negócios Estrangeiros e o corpo diplomático o Governo reuniu-se em sessão extraordinária do Conselho de Ministros, tendo declarado estado de calamidade no país.

“Decidimos declarar estado de calamidade para os próximos 15 dias. Acionámos um fundo de contingência para fazer face às despesas e poder apoiar nalguns casos algumas famílias”, referiu o primeiro-ministro Jorge Bom Jesus.

O coordenador do Conselho Nacional de Preparação e Resposta a Catástrofes de São Tomé e Príncipe (Comprec) disse que o país não tinha inundações como as atuais há 30 anos, que “apanharam de surpresa” as instituições de resposta.

Segundo Carlos Silva, São Tomé e Príncipe registou “uma ocorrência inédita de origem natural, que segundo comentários da população e do Instituo Nacional de Meteorologia não se verificavam há 30 anos” e, por isso, “as instituições de resposta, de gestão e de coordenação e de monitorização foram quase todos apanhados de surpresa”.

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