Neves sem água potável. Câmara de Lembá sem alternativas e Governo diz-se impotente

“O que mais sobresai neste momento, é a tristeza, é o vazio perante a nossa impotência de poder fazer face a estas questões, de poder dar respostas imediatas as populações que estão a sofrer”, disse o ministro das Infraestruturas.

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As chuvas torrenciais que assolaram o país nos dias 28 e 29 de Dezembro, além de causar duas mortes, provocou danos materiais nos ditritos de Água Grande, Mé-zochi e Lembá, incluindo o único centro de tratamento e distribuição de água potável da cidade de Neves e arredores.

Desde então, a população de Neves e arredores tem consumido água diretamente do rio, sem qualquer tratamento.

“Esta água não serve para nada, ela apenas irá contribuir para causar doenças nas pessoas”, disse Maria de Deus, acrescentando ainda que “o líquido depois de estar na vasilha, transforma de cor”.

Segundo Maria de Deus, a mesma já sente “tosse e com princípios da diarreia”.

Ludmila da Trindade, uma das moradoras local, disse que nos últimos dias, tem consumido uma “água com cheiro de barro”.

“Estamos a consumir uma água que não sabemos a sua origem, e todos nós sabemos da péssima qualidade da água do rio provaz, e que isso pode levar a doenças de origem hídrica, que muitas pessoas do distrito já sofrem” assegurou Ludmila da Trindade.

A população de Lembá, clama com urgência pela intervenção do Governo e a Câmara Distrital, para qresolução do problema.

Albertino Barros, presidente da câmara distrital de Lembá, reagiu a demanda da população e disse “tudo fazer junto ao Governo central para dar resposta mais rápido possível as pessoas”.

“Eu tinha dito que pudesse ver com o chefe do executivo, se pudéssemos ver com os bombeiros para nos facultar com a água potável para beber, mas acontece que os bombeiros não têm recursos para deslocarem e fazer este trabalho”, explicou Albertino Barros.

“Consequentemente, os bombeiros da empresa ENCO, não estão vocacionados para esta situação, e desta forma estou de braço atado para  tal, e sabemos que água do rio pode estar infetada com bactérias que poderá criar outras preocupações às nossas populações, com realce das doenças hídricas”, afirmou o Presidente de Câmara de Lembá.

O ministro das Infraestruturas e Recursos Naturais, Osvaldo Abreu, visitou o distrito de Lembá na segunda feira, dia 3, para verificar ‘in loco’ as consequências das chuvas torrencias no norte de São Tomé.

“Aqui no distrito de Lembá, as imagens falam por si, mas o que mais sobresai neste momento, é a tristeza, é o vazio perante a nossa impotência de poder fazer face a estas questões, de poder dar respostas imediatas as populações que estão a sofrer“, disse o governante, assegurando que o Governo vai concluir ainda esta semana o levantamento dos prejuízos para apresentar aos parceiros internacionais que deverão apoiar o país.

Por: Amedy das Neves e Kemilson D´’almeida

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