Os colaboradores das rádios comunitárias da ilha de São Tomé dizem-se indignados com o atraso do pagamento de subsídios há mais de 1 ano por isso decidiram entrar em “greve” desde o dia 19 de janeiro, na sequência do pré-aviso enviado ao secretário de Estado de Comunicação Social, Adelino Lucas.
Em meados de 2020 o Governo são-tomense, assumiu a tutela das rádios comunitárias e prometeu um “subsídio trimestral” de 3 mil dobras, mas que foi pago uma única vez em janeiro de 2021.
“Eu estou muito preocupada com a situação das rádios em Neves, e nós como ouvintes não sabemos quando as rádios vão poder entrar no ar” relatou Estela das Neves, uma das residentes da cidade de Neves.
Outra ouvinte da rádio Tlachá, Kátia Quaresma, considerou que “tudo isso parece uma brincadeira de mau gosto”.
“Os nossos governantes não querem que nós estejamos informados numa altura em que a TVS e a Rádio Nacional passa no distrito de Lembá com muita dificuldade”, reclamou.
O presidente da Associação das Rádios Comunitárias (ARCSTP), Sebastião Pires, afirmou que irão “continuar com a greve por um tempo indeterminado” até que haja solução por parte do Governo.
Questionado sobre a solução para esta paralisação, o antigo ministro da Comunicação Social, Wuando Castro, que foi hoje empossado para o novo Ministério da Presidência do Conselho de Ministros, Novas Tecnologias e Assuntos Parlamentares assegurou que o Governo vai cumprir a promessa.
“Estamos a acompanhar o processo. A questão é só o pagamento de alguns subsídios que foi a promessa deste Governo e que tão cedo quanto possível nós vamos cumprir”, disse Wuando Castro.”
Cerca de 40 colaboradores garantem o funcionamento das 4 rádios comunitárias instaladas em São Tomé.
