No âmbito do processo de recrutamento para o ingresso de novos colaboradores na equipa da RSTP – A VOZ DO POVO em São Tomé e Príncipe, cerca de 20 jovens iniciaram hoje uma ação de capacitação denominada, “Curso Multidisciplinar em Comunicação e Técnicas de Jornalismo, Audiovisual, Técnicas de Produção e Edição, Locução de Rádio”.
A ação é financiada pelo programa DIVERSIDADE, no âmbito do projeto PROCULTURA de apoio a valorização e promoção cultural nos PALOP e Timor Leste.
“No âmbito deste projeto, a RSTP tem a oportunidade de poder recrutar um grupo de jovens em São Tomé e Príncipe para reforçar a nossa equipa no terreno, contribuindo sobretudo para elevar o que tem a ver com informações e conteúdos que possam promover a cultura e a diversidade cultural de São Tomé e Príncipe”, explicou o representante da RSTP, Josimar Afonso.
Segundo Josimar Afonso, com esta formação a RSTP pretende “acima de tudo reforçar esta questão de capacitação dos jovens” e proporcionar oportunidade de aprendizagem.
“Abrimos candidaturas para 5 elementos, mas nós recebemos mais de meia centena de candidatos, e nesta perspetiva nós selecionamos cerca de 20 que estão aqui a participar nesta formação, embora o objetivo seja contratar ou formalizar esta relação com pelo menos 5 ou 6 deles”, explicou.
O também jornalista da RSTP considerou que “esta é uma oportunidade única”, assegurando que haverá todo o interesse e disponibilidade da RSTP em continuar a acompanhar o jovens depois da formação.
“Independentemente de poderem vir a estar na RSTP com um contrato, ou não, o primeiro passo é aproveitar esta formação, darem o melhor que puderem e absorver o máximo de conteúdos possíveis”, defendeu, realçando que com mais de 10 anos de existência a RSTP tem feito o caminho, sobretudo com colaboração de voluntários “que sentem essa necessidade e vontade de servir a sua comunidade, de aprender e de fazer o caminho”.
“Paralém de formar jornalistas, estamos a formar cidadãos”, sublinhou a apresentadora e formadora, Abigail Tiny Cosme que vai ministrar módulos sobre “as regras sociais, da oralidade e também das entrevistas”.
Abigail Tiny explicou que vai partilhar com com os formandos as “regras fundamentais que aplicando na vida diária” poderão “conseguir também aplicar e melhorar no lado profissional.”
Adiantou ainda que vai abordar temas sobre “a parte da entrevista que é fundamental”, sobretudo em “contexto de estúdio, e não só”, fornecendo técnicas de como fazer uma boa entrevista.
“Estarão melhor preparados para doravante fazer um melhor trabalho enquanto jornalistas”, sublinhou a formadora.
Gisela Neto é uma das participantes que diz ter encontrado nesta formação a oportunidade de “adquirir muito conhecimento” para a concretização do seu sonho de infância de poder trabalhar na área de apresentação e jornalismo.
“Eu sei que vou precisar aprender muita coisa, principalmente para mim que não tenho muita experiência nessa área de comunicação e jornalismo, por isso eu espero e acredito que os nossos formadores vão conseguir passar-nos essas informações e esses aprendizados muito bem, para que possamos sair daqui bem ricos acerca da comunicação, jornalismo e tudo quanto for abordado”, disse, Gisela Neto.
Por outro lado, Euridson Pires também mostrou-se satisfeito após o primeiro dia de formação. “Eu gostei, eu aprendi coisas que são muito importante para a nossa sociedade”, pontuou.
Gidel Bastista é um dos participantes com experiência na comunicação social enquanto locutor da Rádio Lobata e correspondente da Rádio Nacional para aquele distrito. “O meu objetivo em querer candidatar-me para a RSTP é só por uma questão de querer fazer melhor trabalho nas reportagens e poder melhor informar São Tomé e Príncipe, e não só, explicou, assegurando que “a RSTP é uma oportunidade para poder fazer melhor trabalho e servir melhor este povo”.
A formação que vai até 9 de março, vai ser ministrada pela apresentadora e formadora, Abigail Tiny Cosme, o jornalista, Josimar Afonso, e o realizador / produtor e CEO da HRD Film, Hamilton Rita.
O projeto “RSTP – A VOZ DO POVO” é gerido pela Somos Todos Primos LTD, e é cofinanciado pelo DIVERSIDADE – Instrumento de financiamento para a diversidade cultural, cidadania e identidade.
Em São Tomé e Príncipe, o DIVERSIDADE é gerido pelo Centro Cultural Português e enquadra-se nas atividades promovidas pelo PROCULTURA – Promoção do Emprego em Atividades Geradoras de Rendimento do Setor Cultural, nos PALOP e em Timor-Leste, financiado pela União Europeia, cofinanciado e gerido pelo Camões, I.P. e cofinanciado pela Fundação Calouste Gulkenkian.