Federação São-tomense de Futebol prepara recurso à desqualificação da CAN2023

Segundo o vice-presidente da FSF, São Tomé e Príncipe “cumpriu rigorosamente as legislações em vigor”, tendo assegurado que Luís Leal “fazia-se acompanhar de um teste à covid-19 válido”.

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A Federação são-tomense de Futebol (FSF) vai recorrer da desqualificação da fase de grupos para a Taça das Nações Africanas de futebol de 2023 (CAN2023) a favor das ilhas Maurícias, anunciou hoje o vice-presidente da federação.

Numa publicação divulgada na rede social Facebook, a Associação de Futebol das Maurícias refere que a Confederação Africana de Futebol (CAF) aceitou os seus argumentos, na sequência da queixa apresentada relativamente à elegibilidade do jogador Luís Leal dos Anjos.

“Assim, São Tomé é multado em 10.000 dólares e, além disso, a CAF concede um resultado de 3-0 a favor das Maurícias para a primeira mão contra São Tomé e Príncipe”, acrescenta a Associação de Futebol das Maurícias.

Com este resultado na fase preliminar, e depois de um empate 3-3 no jogo da segunda mão, as Ilhas Maurícias salientam que vão disputar a fase de grupos de qualificação para a competição.

Em conferência de imprensa na manhã de hoje, o vice-presidente Adalberto Catambe explicou que a federação são-tomense ainda não recebeu qualquer informação sobre a decisão, mas adiantou que vão recorrer.

“Não detendo a deliberação oficial da CAF nos nossos serviços, estamos a aguardar a todo o momento e assim que a tivermos vamos recorrer às instâncias competentes ao nível da CAF e também da FIFA, no sentido de fazer valer os nossos direitos e as nossas conquistas, fruto de muito sacrifício”, disse Adalberto Catambe.

O dirigente negou também a informação divulgada por alguns órgãos de comunicação social, segundo as quais o jogador Luís Leal teria jogado mesmo tendo testado positivo ao coronavírus.

“Esta informação é falsa. O Luís Leal chegou depois da caravana, mas fazia-se acompanhar de um teste à covid-19 válido, que o permitiu entrar em território das Ilhas Maurícias e consequentemente deu-lhe direito de acesso ao campo”, explicou o dirigente da Federação são-tomense de Futebol.

Segundo Catambe, São Tomé e Príncipe “cumpriu rigorosamente as legislações em vigor” e responsabiliza a CAF pela entrada em jogo do atleta em causa.

“É importante que fique claro que não é autoridade são-tomense que valida os atletas para tomar parte num encontro ou não […] a CAF é quem organiza os seus eventos desportivos, e nos jogos detém sempre o comissário de jogo que é autoridade máxima e com poderes de validar ou não a entrada em campo de um determinado atleta”, fundamentou.

Com base na decisão divulgada, as ilhas Maurícias referem que se “qualificaram para a fase de grupos da Taça Africana das Nações de 2023”, vencendo a eliminatória por 6-3, e que jogará no grupo A (em que estava São Tomé e Príncipe) com a Nigéria, Serra Leoa e Guiné-Bissau, seu primeiro adversário.

“Importa realçar que, até ao presente momento [por volta das 13 horas], a Federação São-tomense de Futebol não recebeu qualquer deliberação da CAF e que face a isso não podemos fundamentar com base na deliberação”, precisou o vice-presidente da FSF.

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