O novo chefe do Estado Maior das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe, Olinto Paquete que foi hoje empossado, disse que vai dar continuidade aos trabalhos para a melhoria do serviço militar e prometeu medidas contra militares que se dedicarem à política enquanto estiverem no ativo.
Antes de ser investido no cargo de chefe de Estado Maior das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe, Olinto Paquete que era coronel do exército, foi promovido à patente de Brigadeiro pelo Presidente da República, Carlos Vila Nova, em cerimónia testemunhada pelo primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus e o ministro da Defesa Nacional, Jorge Amado.
“Normalmente os militares não prometem: cumprem missão”, declarou o novo chefe de Estado do Estado Maior das FASTP.
Olinto Paquete realçou que “as Forças Armadas são um dos elementos primordiais para democracia” e no caso particular de São Tomé e Príncipe têm um papel maior, sobretudo na organização das eleições.
“É por isso que lhe é exigida imparcialidade, apartidarismo e isso podem contar que vamos trabalhar para cumprir com esses desígnios […] aqueles que infelizmente dedicarem à política enquanto [estiverem] no ativo, terão a sua devida recompensa”, alertou o chefe de Estado Maior das FASTP.
Com 58 anos de idade, Olinto Paquete está nas FASTP há cerca de 39 anos tendo exercido nos últimos anos as funções de vice-chefe do Estado Maior.
Segundo ele, nos próximos três anos na chefia máxima das FASTP serão de “continuidade do melhoramento do serviço militar, e na prestação do serviço dos militares”, considerando que “isso é uma construção que leva tempo”.
“Só temos 47 anos, estamos a construir uma pátria que se pretende boa e útil para todos e isso leva tempo”, declarou, Olinto Paquete que substituiu no cargo o brigadeiro Idalécio Pachire que passou à situação de reforma, após 44 anos de carreira nas FASTP.
Na hora de despedida, Pachire afirmou que “a missão foi cumprida, com muitas dificuldades” tendo em conta os acontecimentos que marcaram o país e o mundo durante o seu mandato.
“Foram dois anos de pandemia, foi um ano também de crise mundial no que diz respeito a guerra, mas a verdade é que conseguimos cumprir as missões que nos foram dadas e cumprir o que o país espera”, afirmou Idalécio Pachire.
Nos próximos dias também deverá ser empossado como novo vice-chefe do Estado Maior das Forças Armadas, o coronel Armindo Rodrigues que desempenhava as funções de chefe da casa militar do Presidente da República, Carlos Vila Nova.