“A Enaport tem uma empresa seguradora que assegura este processo, obviamente nós aguardamos a decisão do seguro. […] Estamos a preparar todo o processo com uma nota da ocorrência para que depois o seguro proceda em conformidade”, disse hoje à RSTP o coordenador geral da Empresa Nacional de Administração dos Portos (Enaport), Olinto das Neves.
Por outro lado, o responsável da Enaport disse que internamente foi criada “uma comissão de inquérito, não obstante o próprio Governo também ter pedido um prazo de uma semana”, que será coordenada por “instituições vocacionadas” nomeadamente o Instituto Marítimo Portuário (IMAP) e a Capitania dos Portos, incluindo uma pessoa independente.
Segundo Olinto Neves, os técnicos da Enaport conseguiram resgatar um dos 18 contentores na sexta-feira, mas tiveram que suspender as atividades no início da noite “devido ao risco com o pessoal”.
Olinto Neves disse “todo o esforço terá que ser empreendido o mais rapidamente possível para libertar esses contentores na porta de entrada, para que as manobras e as embarcações possam sair livremente” e desencalhar a batelão, que ficou entre os contentores no mar da baía de Ana Chaves, na capital são-tomense.
No entanto, para evitar acidentes com novos navios nesta zona, a Enaport está “a sinalizar estes contentores com boias para que possam ver onde é que está o perigo para não coliderem com os contentores”.
No entanto, o coordenador geral da Enaport assegurou que a empresa tem uma chatra e dois batelões de uma empresa privada que estão serão utilizados para o desalfandegamento dos novos contentores.
Olinto Neves disse que “tudo indica que não havia buracos no batelão” e desvalorizou as informações sobre a existência de uma moto-bomba no interior do equipamento devido a infiltrações da água do mar.
“Qualquer embarcação, seja ele pequena ou grande, tem que ter essas moto-bombas para o alívio de qualquer situação que possam acontecer”, afirmou Olinto Neves.
Por outro lado, a Polícia Nacional de São Tomé e Príncipe anunciou que “procedeu à detenção de seis indivíduos, residentes nas localidades de Praia Cruz e Praia Gamboa, suspeitos da prática do crime de furto de materiais de construção no interior de contentores que se encontram submersos na Baía de Ana Chaves, tendo sido possível recuperar alguns materiais, principalmente mosaicos”.
Através de uma publicação no Facebook, a polícia refere que “após diligências, os suspeitos foram entregues às autoridades judiciais”.