O Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP/PSD) celebrou em 12 de julho de 2022, 50 anos de existência e o seu presidente e primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, defendeu “um pacto geracional” e união para ganhar as eleições legislativas, autarquias e regional de setembro.
“O MLSTP/PSD é um partido de gerações, por isso nós precisamos de assumir um pacto geracional para se poder interagir experiências, passar o testemunho para a geração mais nova, porque de facto há uma biblioteca de experiência no MLSTP/PSD que precisa de ser transmitida de geração em geração”, sublinhou Jorge Bom Jesus em mensagem por ocasião das ‘bodas de ouro’ do partido.
Bom Jesus considerou que “o MLSTP/PSD é um partido que se confunde com a própria Nação”, tendo em conta o papel histórico desempenhado nas negociações que levaram a proclamação da independência de São Tomé e Príncipe em 12 de julho de 1975.
“A liberdade não tem preço e todos os dias nós temos que trabalhar para poder garantir a perenidade desta liberdade, porque a liberdade conquista-se, mas a liberdade também se perde e não há liberdade sem solidariedade, não há liberdade sem patriotismo, sem amor a São Tomé e Príncipe e a nossa militância, o nosso amor pelo MLSTP/PSD é o amor por São Tomé e Príncipe – única pátria que temos e pela qual daremos a nossa própria vida”, sublinhou o líder do MLSTP/PSD.
Jorge Bom Jesus reafirmou que volvido meio século da sua existência, o partido precisa “incutir sangue novo, porque o MLSTP/PSD é um partido que se vai adaptando aos novos tempos”, tendo como “o grande património” o facto de “ter contribuído para a libertação de São Tomé e Príncipe” e de “transferir a verdadeira soberania ao povo” com a abertura do país para o multipartidarismo em 1990.
Nos últimos tempos, o MLSTP/PSD tem enfrentado desafios de coesão interna, sobretudo nos processos eleitorais onde se têm proliferado candidatos à liderança do partido e ao cargo de Presidente da República.
“Quero pedir aos camaradas cada vez mais unidade, dentro da diversidade. Somos todos iguais, mas todos diferentes, mas uma coisa nos une de certeza que é a nossa camaradagem, o respeito sagrado que temos por esse partido e temos a obrigação de fazer tudo pelo MLSTP/PSD, porque quando o MLSTP/PSD está doente, automaticamente isso se reflete no país em geral”, afirmou Jorge Bom Jesus.
O também primeiro-ministro sublinhou que “São Tomé e Príncipe precisa e sempre precisará de um MLSTP cada vez mais forte, cada vez mais coeso” e “mais capaz de ganhar as eleições,” mas para “resolver os problemas de São Tomé e Príncipe” e estar ao serviço dos são-tomenses “e não para se servir dos são-tomenses”.
Com um mandato de primeiro-ministro marcado pela pandemia da covid-19, Jorge Bom Jesus realçou que o governo teve como prioridade e tudo fez com a ajuda dos parceiros bilaterais e multilaterais “para ter os são-tomenses vivos e de saúde”.
O MLSTP/PSD com 23 deputados lidera uma coligação com mais cinco deputados da Coligação PCD-MDFM-UDD que ascendeu ao governo de São Tomé e Príncipe desde dezembro de 2018.
São Tomé e Príncipe realiza em 25 de setembro as eleições legislativas, autárquicas e regional da ilha do Príncipe.