O Presidente da República, Carlos Vila Nova oficializou a reabertura da Fábrica das Artes, Ambiente e Cidadania Activa (FACA), situada na Roça Água-Izé, no âmbito das atividades da IX Bienal de Arte e Cultura de São Tomé e Príncipe que decorre no país até 25 de julho.
O coordenador da CACAU e curandeiro da IX Bienal, João Carlos Silva realçou que a ‘FACA’ “é um projeto a mais de dois anos”, cuja “a ideia é ensinar numa comunidade, numa antiga Roça que tem problemas de várias ordens” numa perspetiva de valorização e promoção do património, através de “projetos integrados de educação e de desenvolvimento” numa conjugação de esforços envolvendo o Estado, a sociedade civil, instituições não governamentais, entre outras.
João Carlos Silva afirmou que o projeto “pretende dar uma ferramenta fundamental que é a ‘faca’, para ajudar as pessoas do lugar a cortarem a pobreza pela raiz, utilizando artesanato, a educação ambiental e a reutilização de vários elementos” que são encontrados nos lixos.
“Nada melhor do que ensinar as pessoas a encontrarem os seus próprios caminhos. Esta é uma grande oportunidade que nós damos aos jovens de Água Izé, e o resultado está à vista”, precisou.
Na ‘FACA’ cerca de 20 a 60 crianças frequentam o projeto Missão Dimix acue promove ações de educação ambiental, nomeadamente, de leitura, desenho, recortes, colagem, transformação de plásticos em novos objetos, pinturas, entre outras.
“É muito interessante ver o entusiasmo dessas crianças que nunca tiveram acesso a estas atividades vierem com os amigos e os primos”, contou a coordenado da Missão Dimix, Sónia Pessoa.
A cerimónia de reabertura da Fábrica das Artes, Ambiente e Cidadania Activa (FACA), situada na Roça de Água-Izé, aconteceu no dia 05 de julho, dia da independência de Cabo Verde, e foi presidida pelo Presidente da República, Carlos Vila Nova.
“A importância que isso tem é que, além de se inserir no quadro da Bienal, é que de facto congrega”, disse o chefe de Estado são-tomense considerando que as crianças são os “melhores veículos em questões ambientais e culturais” que o país tem.
“Nós temos manifestações folclóricas que tende a desaparecer, e nós vimos e sentimos que tudo isso faz parte desse grande projeto. E essa Bienal é mais do que isso porque canaliza esses fenómenos, e esses fenómenos são importantes para o desenvolvimento do nosso próprio país”, disse Carlos Vila Nova.
Após visitar as instalações da ‘FACA’ e conhecer os projetos ali desenvolvidos, o Presidente da República disse que gostou do que viu e convidou a população para visitarem o espaço.
“Eu vi retirar lixo do ambiente e transformar em objetos decorativos, eu vi condições para incrementar o gosto pela leitura e aquela vontade de desenvolver culturalmente por via académica, eu vi a transformação de objetos metálico e de madeiras que eram puro lixo ou degradadores do ambiente a serem transformados em materiais de uso doméstico”, retratou o Presidente da República.
“Portanto, esse tipo de coisas quando é feito naquela faixa etária que nós consideramos de crianças, estamos a fazer com que esses assuntos entrem nas nossas casas”, acrescentou Carlos Vila Nova apelando a população para apoiarem esta iniciativa.
As atividades da IX Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe decorrem no país até ao dia 25 de julho do ano em curso, em diversos pontos do país.