Trabalhadores da AGER denunciam “má gestão” e iniciam greve (C/Vídeo)

Os funcionários da Autoridade Geral de Regulação (AGER) de São Tomé e Príncipe iniciaram hoje uma greve por tempo indeterminado e acusam o Conselho de Administração da instituição de “má gestão” e injustiça contra os trabalhadores.

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AGER-GREVE

“Temos questões contratuais com funcionários em situação precária que nós lutamos pela regularização e também a forma como é feita a contratação de quadros na entidade – os critérios não são claros para os trabalhadores,” disse à RSTP o secretário executivo do Sindicato dos Trabalhadores da AGER (Sintager), Selby Ramos.

O porta-voz dos trabalhadores sublinhou que o ponto mais alto do protesto deve-se a uma decisão do Conselho de Administração da AGER que fez em março “um aumento salarial de dois ex-administradores e um chefe de departamento”, em 7.500 dobras para cada um, “num cenário em que durante muitos anos dizem que a instituição não tem dinheiro”.

“Nós nos movemos claramente contra o que qualificamos como má gestão. É preciso que se saiba gerir os recursos da entidade e não se pode aceitar que seja aumentado os salários de ex-administradores e chefes de departamento, num cenário que todos entendem que o país cada vez mais está difícil”, disse Selby Ramos.

O aumento é visto pelos trabalhadores como “uma tomada de decisão em benefício próprio” dos atuais administradores para quando deixarem o cargo também beneficiarem do aumento, tendo em conta que as normas da AGER prevê estes benefícios a todos os ex-administradores que são funcionários da instituição.

“Sem dúvidas nós nos movemos contra aquilo que tem sido a instituição e a adesão e paralisação completa que nós temos só mostra aquilo que é a injustiça que está sendo feita contra os trabalhadores”, sublinhou o secretário executivo do Sintager, defendendo que “deve ser conferido o mesmo direito à todos” os trinta funcionários da AGER.

“Nós temos uma adesão de 100%” e “a instituição está neste momento paralisada até quando o Conselho de Administração dar aquilo que é direito dos trabalhadores”, assegurou, Selby Ramos.

A RSTP tentou ouvir a presidente do Conselho de Administração da AGER, Maria de Conceição Raposo, mas esta mostrou-se indisponível.

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