Primeiro-ministro inaugura fábrica de chocolate e defende aposta na exportação

O primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus inaugurou uma fábrica de produção de chocolate biológico, num investimento de 464 mil euros, e defendeu que São Tomé e Príncipe deve apostar na exportação do produto.

Economia -
Jorge Bom Jesus

A fábrica inaugurada, na quarta-feira, 20 de julho, no distrito de Lobata, no norte da ilha de São Tomé, resulta de um investimento de 124 mil euros da Cooperativa de Produção e Exportação de Cacau Biológico, (CECAB) e cofinanciamento de 340 mil euros do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).

 Jorge Bom Jesus realçou que “São Tomé e Príncipe é conhecido como país da exportação de matérias-primas”, mas está a fazer um “caminho da transformação” para acrescentar valores à produção nacional e contribuir para a “construção da independência económica” do país através da exportação de produtos acabados.

“Vamos exportar cacau, vamos exportar chocolate de alta qualidade – chocolate biológico – e em contrapartida vamos começar a importar, além de outros produtos acabados em outras áreas, vamos também importar sobretudo tecnologias, equipamentos para podermos continuar a melhorar a excelência dos nossos serviços”, afirmou Jorge Bom Jesus

O ministro da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural, Francisco Ramos precisou que o país que já foi um dos maiores produtores mundiais do cacau, com cerca de trinta mil toneladas anuais, regista atualmente uma produção que não chega as três mil toneladas, sendo que a CECAB contribui com cerca de 50%.

“A instalação desta fábrica que hoje é inaugurada irá criar mais postos de empregos, e alguns deles especializados, e assim contribuir para a redução da taxa do desemprego, como também proporcionar aos membros da cooperativa um futuro melhor, para além da contribuição para economia nacional”, realçou Francisco Ramos.

Esta é a terceira fábrica de produção de chocolate instalada em São Tomé e Príncipe, mas o diretor executivo da CECAB, António Dias destacou que a nova fabrica tem uma “natureza filantrópica” que consiste “na mitigação da pobreza, ao reservar os seus proveitos no investimento nas obras sociais das comunidades afetas aos membros da CECAB”.

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