“Nós decidimos ter essa iniciativa de contribuir para ajudar o nosso país”, disse à RSTP, o conselheiro da Associação de Cambistas, João Veloso recordando que a “a cidade tem que ser limpa” como já foi em tempos quando se falava bem da cidade que agora está numa “situação degradante”.
Dezenas de homens agarraram nas vassouras, pás e mangueiras, limparam a estrada, lavaram os passeios, e em parceria com o Instituto Nacional dos Transportes colocaram passadeiras graças ao patrocínio das lojas Mundo das Tintas e a J Modas que funcionam nesta rua.
Vários membros da Associação dos Cambistas que abraçaram esta iniciativa deixaram apelo para que o exemplo seja seguido por outros grupos e associações de outras localidades do país, contrariando a ideia de que “tudo deve ser feito apenas pela Câmara ou pelo Governo”.
“Se nós fossemos todos unidos a fazer tipo deste trabalho o país ia para frente. Não é preciso só o Governo. Como nós fizemos essa rua, se outro grupo fizer noutra rua, daqui a dois, três meses cidade toda fica limpa”, realçou o cambista Osvaldo Correia.
“Lamentavelmente, tentei contactar outras empresas que estão cá nos arredores (porque é um bocado feio nós termos uma passadeira, ao invés de termos quatro), mas eles não aderiram a esse pedido, mas, no entanto, eu espero que depois de verem o trabalho feito haja motivação para o efeito”, disse o diretor-executivo do Instituto Nacional dos Transportes Terrestres, António Ramos.
Segundo o representante da loja Mundo das Tintas, Moussa Halawi que foi o promotor da iniciativa, esta ação de limpeza faz parte de um processo para dar “outra visão” a rua, após todos os proprietários de outras lojas terem sido convidados a pintarem os seus edifícios.
“Aqui é nossa casa, é o lugar onde ganhamos o nosso pão, então temos sempre que manter limpo porque a cidade também é nossa”, salientou o representante da loja Mundo das Tintas, Moussa Halawi.
“Nós iniciamos, creio que outras lojas também devem fazer igual para limparmos a nossa cidade, porque como se diz “uã móm cá laba outlo, pa doçu fica limpo (uma mão lava a outra para as duas ficarem limpas (tradução informal da frase dita em crioulo fôrro).