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“Somos o maior partido no país”. ADI celebra “vitória inequívoca” com maioria absoluta

O presidente do Tribunal Constitucional (TC) são-tomense oficializou a Ação Democrática Independente (ADI) como vencedor das eleições legislativas com maioria absoluta de 30 deputados, com o partido a festejar “a vitória inequívoca” nas ruas da capital são-tomense.

Os resultados definitivos foram anunciados oficialmente ao início da noite pelo presidente do Tribunal Constitucional, Pascoal Daio, sublinhando que “a Assembleia Nacional passará a ser composta por quatro partido políticos” indicando de seguida os respetivos mandatos.

“ADI 30 mandatos, MLSTP 18 mandatos, MCI/PUN 5 mandatos e Basta 2 mandatos”, precisou o presidente do TC que presidiu os trabalhos da Assembleia de Apuramento Geral das Eleições, acompanhado de mais três juízes conselheiros e três professores de matemáticas, sobre o olhar atento dos mandatários de algumas candidaturas presentes, observadores eleitorais da União europeia e jornalistas, incluindo do canal são-tomense RSTP, que fez a transmissão online da sessão.

“Não esperávamos outra coisa da Assembleia de Apuramento e fizeram o seu papel, correu tudo normal como esperávamos”, afirmou o mandatário da ADI, Elísio Teixeira no final dos trabalhos.

O ex-ministro da Justiça do Governo da ADI (2010-2012) sublinhou que “o ADI é uma organização organizada” e tinha o seu trabalho ao longo do dia 25 para o dia 26 que concluir a vitória com maioria absoluta agora confirmada pelo TC.

“Os nossos dados estavam tratados como deve ser, independentemente da margem de erro, e já nos tinha dado que tínhamos eleito 30 deputados ao nível nacional e a diáspora também. Consequentemente viemos apenas confirmar os dados com os trabalhos da Assembleia de Apuramento e que obedeceu os padrões que a lei determina”, disse o mandatário da ADI.

Minutos depois da proclamação oficial dos resultados os militantes da ADI fizeram cortejo com várias viaturas a percorrer algumas localidades da capital são-tomense com músicas altas, megafones e buzinas.

“Temos dito: nos últimos 10, 12 anos somos o maior partido no país. É a segunda vez que temos uma maioria absoluta e estamos habituados a trabalhar, a organizar bem para chegarmos sempre a frente”, comentou Elísio Teixeira que prometeu a grande celebração da vitória para os próximos dias.

“O que é certo é que a vitória do ADI é inequívoca, daí que em relação aos outros partidos nós acreditamos que nessa altura eles têm a certeza o ADI é o partido vencedor”, conclui o mandatário da ADI.

Também presente da sessão da proclamação oficial dos resultados, o mandatário da coligação, Movimento de Cidadãos Independentes (MCI), mais conhecido como “movimento Caué”, e o Partido de Unidade Nacional (PUN) mostrou-se contente com a conclusão dos trabalhos pelo Tribunal Constitucional.

“É um sentimento de dever cumprido, fizemos o nosso trabalho e o eleitorado acatou aquilo que foram as nossas mensagens, vamos lá continuar a defender a democracia, defender São Tomé e Príncipe em primeiro lugar”, disse Aníbal Ferreira.

“Também gostaria de facilitar o partido ADI pela vitória e agradecer a todos que acreditaram em nós, os nossos militantes que nos deram o voto de confiança, e que a democracia continue fortalecendo cada vez mais”, concluído o mandatário da coligação MCI/PUN que terá um grupo parlamentar de 5 deputados no parlamento são-tomense durante a próxima legislatura.

O mandatário do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata (MLSTP/PSD) do atual primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus recusou prestar declarações a imprensa.

“Tudo em paz”, foram as únicas palavras de Danilo Santos a saída do Tribunal Constitucional.

O mandatário do Movimento Basta regressou ao Tribunal Constitucional para assistir a sessão final de proclamação oficial dos resultados das eleições legislativas de 25 de setembro.

De acordo com os dados divulgados pelo Tribunal Constitucional, o partido liderado pelo ex-primeiro-ministro Patrice Trovoada teve um total de 36.212 votos, o que corresponde a 30 mandatos, acima dos 28 necessários para ter maioria absoluta na Assembleia Nacional, com um total de 55 lugares.

O Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata (MLSTP/PSD), do atual primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, que procurava um segundo mandato nestas eleições, recebeu 25.287 votos, equivalentes a 18 deputados.

A terceira força política no parlamento são-tomense, com cinco eleitos, será a coligação Movimento de Cidadãos Independentes – Partido Socialista / Partido de Unidade Nacional (MCIS-PS/PUN, mais conhecido como ‘movimento de Caué’, distrito no sul da ilha de São Tomé), após ter tido 4.995 votos.

Com mais votos, mas menos mandatos, foi o resultado do movimento Basta – que absorveu o histórico Partido da Convergência Democrática (PCD) e acolheu ex-membros da ADI. O Basta, que tinha como um dos cabeças de lista o presidente do parlamento, Delfim Neves, avançou pela primeira vez para as urnas e obteve um total de 6.788 votos, elegendo dois deputados.

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