O conceituado músico são-tomense, Tonecas dos Prazeres, residente em Portugal, foi nomeado pelo Governo, como embaixador da cultura são-tomense, pelo trabalho que tem feito na promoção e elevação da cultura de São Tomé e Príncipe pelo mundo.
“Foi com muita honra, eu não estava à espera sequer, embora eu ache que tenho dado o meu contributo pela cultura de São Tomé e Príncipe e continuarei a dar, sei que somos muitos que temos dado contributo, e desta vez fui eu, quiçá próxima vez são os outros”, disse o músico são-tomense, sobre a nomeação que aconteceu no passado dia 29 de setembro.
Tonecas dos Prazeres sublinhou que este prémio “é muito bom para o currículo” na sua carreira musical, assegurando “é uma grande honra por ter recebido este prémio.”
“É uma grande responsabilidade também, porque não basta ter um título, é preciso agir em função do título que se tem”, disse, frisando que espera enquanto embaixador “fazer um projeto que possa elevar o nome da cultura de São Tomé e Príncipe” para o mundo fora.
“Já tenho algumas ideias daquilo que se pode fazer, mas é preciso também que para além do título, haja um engajamento do Estado são-tomense nessa matéria, porque todos nós sabemos como a cultura é tratada: é tratada de forma muito débil e [só] dão se um ênfase aos artistas na altura das campanhas eleitorais e esquecem que a cultura existe”, precisou.
O músico são-tomense, defendeu que “é preciso fazer um investimento para a cultura são-tomense.” “Se não, temos uma identidade que está pobre, que não sai de casa”, disse.
E continuou: “Não temos música para a exportação, as músicas que normalmente são feitas localmente, não chegam a um topo, aqui [em Portugal] por exemplo na RTP ÁFRICA, que é um canal, digamos visível, os nossos artistas não saem para fazer ligações internacionais […] e ficamos nisso.”
Por outro lado, Tonecas dos Prazeres defendeu que é preciso os próprios artistas investirem em si, para tentarem melhorar os aspetos ligados a composição musical, ao canto, a interpretação, a qualidade sonora, de forma que as músicas de São Tomé e Príncipe, sejam consumidas por outras pessoas dos diferentes países do mundo.
“A escola de música é fundamental, principalmente para os jovens e as crianças, para começarem em alguns princípios, aprenderem a tocar piano, aprenderem as notas [musicais], a tocar guitarra, os instrumentos de sopro, enfim, terem essa formação teórica”, enfatizou o músico são-tomense, tendo realçado que “para além da escola de música, é preciso haver um movimento que possa ensinar sem ter que ser na escola de música, ou seja, fazer um workshop com artistas, compositores que possam saber como é que se faz, quais são os canais abertos disponíveis para essa realização.”
Tonecas dos Prazeres em entrevista à RSTP, garantiu enquanto o novo embaixador da cultura são-tomense, que tem ideias, mas é preciso que haja parceiros para desenvolve-las. “Estou a falar do estado são-tomense, por ser da cultura, se tiver essa vontade, essa disponibilidade, estou aberto para fazermos um projeto e que possa englobar a análise global
