Delfim Neves diz que assalto a quartel foi “simulação maquiavélica” para o aniquilar

O ex-presidente da assembleia nacional, Delfim Neves considerou na quarta-feira que o ataque ao quartel das Forças Armadas foi uma “simulação maquiavélica” para o aniquilar fisicamente, tendo se declarado inocente.

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Delfim Neves

“Para aqueles que me conhecem sabem, que o meu DNA político, nunca esteve ligado e jamais estará a ações que possam dar azos a mancha de sangues ou sujar as mãos com sangue”, disse Delfim Neves em conferência de imprensa, na quarta-feira.

“E quero deixar aqui bem claro, se a política em São Tomé e Príncipe, chegou a esse ponto e vai continuar a ser assim, Delfim Neves estará de fora, não aceito fazer política manchada de sangue”, acrescentou o ex-presidente do parlamento são-tomense.

Delfim Neves foi detido às primeiras horas da manhã de sexta-feira (25) pelos militares, quando se encontrava na sua casa, por ter sido alegadamente indicado como um dos mandantes do ataque ao quartel-general do exército.

O deputado eleito do Movimento Basta foi levado ao Quartel Militar onde ficou detido durante várias horas, tendo sido conduzido a Polícia Judiciária ao final da tarde de sexta-feira, aonde ficou sem ser ouvido até ser presente ao Tribunal.

“Sobre o ato que tentaram me envolver, está claro que não houve qualquer tentativa de assalto ao quartel, muito menos falar-se do golpe de Estado, porque eu não posso acreditar e jamais acreditarei, porque eu tenho informações, confiança e acredito que o quadro da estrutura militar de São Tomé e Príncipe, tem pessoas competentes, formadas, com formações regulares por peritos americanos, portugueses, brasileiros, angolanos e vários outros países que não podem de modo algum permitir que quatro cidadãos de estrutura fragilíssima, possam penetrar no interior do quartel general de num Estado e tomar de assalto este quartel”, comentou.

Para Delfim Neves tratou-se de uma “simulação bem combinada e bem estruturada de forma maquiavélica com um objetivo único.”

“Ou seja, nessa estrutura maquiavélica, só tinha um objetivo, e o objetivo era simular o assalto ao quartel, prender simuladamente os assaltantes, ter dentre eles, um que possa acusar de forma leviana, mas estruturada pelos maquiavélicos a pessoa de Delfim Neves e do Arlécio Costa de modo que esses dois sejam aniquilados fisicamente”, salientou Neves.

“Delfim Neves só conseguiu escapar-se, que é a única falha da estratégia porque houve envolvimento rápido da comunidade internacional”, sublinhou.

O ex-presidente da Assembleia Nacional Delfim Neves foi libertado na terça-feira (29) por falta de “indícios fortes de envolvimento” na alegada tentativa de golpe de Estado ocorrido na sexta-feira (25), segundo o seu advogado, Hamilton Vaz.

A juíza de instrução criminal, Ludmila Marisa da Glória colocou o ex-presidente da Assembleia Nacional sob Termo de Identidade e Residência (TIR) e obrigação de apresentação periódica as autoridades judiciais.

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