Presidente da República condena invasões de instituições democráticas no Brasil

Apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram no domingo as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.

País -
Rádio Somos Todos Primos

O Presidente da República disse hoje que acompanhou com “grande preocupação” as “ações de violência e vandalismo” ocorridas no domingo em Brasília, e condenou as invasões de instituições democráticas.

“Foi com grande preocupação que acompanhei as ações de violência e vandalismo ocorridas ontem em Brasília. Repudio com veemência as invasões perpetradas contra as instituições democráticas em Brasília, e condeno todos os atos que possam comprometer a vontade soberana do povo e consequentemente o Estado de Direito democrático”, escreveu Carlos Vila Nova, numa mensagem publicada na tarde de hoje na rede social Facebook.

O chefe de Estado são-tomense também expressou “toda a solidariedade ao Presidente Lula da Silva”.

Apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram no domingo as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.

A Polícia Militar conseguiu recuperar o controlo das sedes dos três poderes, numa operação de que resultaram pelo menos 300 detidos no domingo. Cera de 1.200 pessoas foram entretanto detidos pela Polícia Federal em frente ao quartel-general do Exército.

A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira e apoiantes do anterior presidente, derrotado por Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios.

Entretanto, o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias, considerando que tanto o governador como o ex-secretário de Segurança e antigo ministro da Justiça de Bolsonaro Anderson Torres terão atuado com negligência e omissão.

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