Governo são-tomense quer garantir equilíbrio entre homens e mulheres na sociedade

“Esse mês é o mês que precisamos para refletir, para analisar, unir as mulheres porque o que nós vemos na nossa sociedade hoje, [é] uma sociedade destruída, uma sociedade sem união. Nós temos que refletir sobre isso”, sublinhou a ministra dos Direitos das Mulheres Maria Milagre.

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DIA DA MULHER

O Governo são-tomense quer uma sociedade equilibrada, com mais mulheres a assumir cargos de decisão, e promover a reflexão sobre os valores das famílias, disse a ministra dos Direitos da Mulher são-tomense, na abertura das atividades do mês da mulher, sob o tema “aproximação, diálogo e inclusão”.

“Nós precisamos sensibilizar muitas mulheres que hoje, por aparecer o Ministério dos Direitos da Mulher, estão a querer trazer um desequilíbrio que é o que nós não queremos na sociedade. Nós queremos um equilíbrio, nós queremos estar lado a lado dos nossos senhores porque sem eles nós não vamos conseguir. Então, nós temos que mostrar aos senhores que nós queremos estar no mesmo patamar, sentir a mesma coisa que eles sentem quando estão lá em cima”, disse Maria Milagre.

O Governo são-tomense liderado pelo primeiro-ministro Patrice Trovoada, empossado em novembro do ano passado, incluiu na sua orgânica, pela primeira vez, um Ministério dos Direitos das Mulheres que segundo a ministra da tutela, pretende “encontrar equilíbrio na sociedade”, sobretudo o direito das mulheres “de assumir certos cargos de decisões”.

Durante o mês de março, no qual se assinala o dia internacional das mulheres em 8 de março, o Ministério dos Direitos das Mulheres, em parceira com outras instituições publicas e privadas, bem como a sociedade civil, vai realizar várias atividades ao nível do país para refletir sobre os desafios da mulher e o seu contributo para recuperar os valores da sociedade.

“Esse mês é o mês que precisamos para refletir, para analisar, unir as mulheres porque o que nós vemos na nossa sociedade hoje, [é] uma sociedade destruída, uma sociedade sem união. Nós temos que refletir sobre isso”, sublinhou Maria Milagre.

“Mulheres devem puxar as mulheres. Mulheres unidas, a família unida, a sociedade unida, aí sim estamos a falar de inclusão na vida política, na economia e no desenvolvido do país”, acrescentou a ministra dos Direitos das Mulheres.

No lançamento das atividades que vão decorrer durante o mês de março, as autoridades promoveram uma palestra sobre a violência doméstica e fuga a paternidade cujo dados indicam aumento em São Tomé e Príncipe.

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“Neste inicio do ano tende a aumentar porque temos estado a receber vários casos no que diz respeito a violências doméstica, com agressões”, disse a diretora do Centro de Aconselhamento Contra a Violência Doméstica (CACVD), Sónia Afonso.

A responsável referiu que o país “não tem uma lei que obriga os pais a poderem cumprir na integra a questão da paternidade”, por isso a questão ultrapassa o âmbito de ação do CACVD.

Em junho do ano passado, o parlamento são-tomense aprovou por unanimidade a lei de paridade, que entrou em vigor em setembro, garantindo 40% de representação de género nos lugares de decisão, incluindo no Governo central e regional, parlamento e nas direções da administração pública.

O Governo são-tomense empossado dias antes da entrada em vigor da lei de paridade, é composto por 11 ministros, nomeadamente 7 homens e 4 mulheres.

Dos 55 deputados eleitos ao parlamento de São Tomé e Príncipe, 25 em setembro, apenas oito são mulheres, nomeadamente seis da ação Democrática Independente (ADI), uma do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata (MLSTP/PSD) e uma da coligação Movimento de Cidadãos Independentes – Partido Socialista/Partido de Unidade Nacional (MCI-PS/PUN), conhecido por `Movimento de Caué.

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