O Governo são-tomense regularizou o pagamento de salários de cerca de 900 professores que não recebiam desde setembro, disse à RSTP o porta-voz dos docentes.
“Os professores novos receberam os seus salários. Ainda há um “grupito” de professores que infelizmente não receberam, mas a situação já foi reportada para a direção das finanças juntamente com a DAF [Direção Administrativa e Financeira] do Ministério da Educação e nesse momento alguns já têm vindo também a receber e esperemos que outro grupo que ainda não recebeu também venha a receber”, disse à Lusa o porta-voz do grupo, Adilson Esperança.
São mais de 870 professores distribuídos em todos os distritos do país que lecionam desde o ensino básico ao secundário. Desde a primeira contratação, em 2020 durante a pandemia da covid-19,, os salários foram pagos com atrasos de cerca de seis meses, e segundo o porta-voz do grupo, os atrasos repetiram-se no início de cada ano letivo sob a justificação de morosidade do processo de renovação contratual.
Neste ano, os docentes constituíram uma associação que se reuniu com a ministra da Educação, Isabel de Abreu, com quem analisaram o assunto, tendo em seguida o Conselho de Ministros deliberado pelo pagamento no final de fevereiro.
No entanto, Adilson Esperança apelou que sejam resolvidas “as questões técnicas” por parte da Direção das Finanças e da Direção Administrativa e Financeira (DAF) do Ministério da Educação que impediram o pagamento dos salários de parte do grupo.
“Esperemos que dentro do mês de março que ainda está em vigor, os professores possam receber os seus salários”, afirmou o represente dos docentes, alertando também para o pagamento das horas extraordinárias que têm a receber.
Adilson Esperança deu conta também da falta de inscrição deste grupo de docentes na lista de beneficiários da Segurança Social desde 2020, apesar de ter sido descontada todos os meses nos seus salários a percentagem devida para o efeito.
“Estes descontos têm sido feitos até então. Mesmo neste primeiro salário acumulado que nós recebemos [em 2023] também foram descontados”, precisou Adilson Esperança.
Contactado pela RSTP, fonte do Ministério da Educação assegurou que os valores descontados foram entregues à Segurança Social, faltando apenas as escolas em que cada professor leciona proceder à sua inscrição para que os valores sejam atribuídos em seu benefício.
