O primeiro-ministro reuniu-se na terça-feira com diretores das empresas públicas, institutos e representantes do Estado no conselho da administração das empresas comparticipadas pelo Estado e exigiu “um plano a muito breve trecho” para a recuperação destas empresas em muitas casos deficitárias e falidas, sendo fardo para o Estado.
“Essas empresas públicas também não estão bem. São empresas que devem o fisco, devem a segurança social, devem a uma série de fornecedores, são empresas que não pagam dividendo ao Estado, por conseguinte, representam um grande peso para toda sociedade são-tomense”, disse Patrice Trovoada.
O chefe do executivo sublinhou que “o mau funcionamento do sistema administrativo e dívidas exageradas com a segurança social” têm constituído um peso para o estado, relembrando que, embora estas empresas terem imensos trabalhadores, elas “têm a responsabilidade com a nação.”
Patrice Trovoada referiu que a elaboração do OGE/GOP 2023 permitiu ao Governo perceber que as coisas não estão bem na função pública.
“Estamos a falar de empresas que atuam em sectores estratégicos, fundamentais, eletricidades, aviação, portos, institutos que estão ligadas as telecomunicações, a gestão marítima. Nós estamos a falar sobretudo, de uma estrutura empresarial pública de regulação pública que deve ajudar São Tomé e Príncipe a crescer e deve criar riquezas”, defendeu Patrice Trovoada, tendo sublinhado que não tem sido o caso destas empresas.
Alfandegas, Enaport, Enasa, Emae, Segurança Social, Correios, são dentre as muitas instituições convocadas pelo primeiro-ministro, no encontro em que também participaram o ministro das Finanças, das Infraestruturas e da Agricultura.
“Eles [diretores] têm de apresentar um plano a muito breve trecho, a curto prazo, de como podem recuperar as empresas, porque, estão todas elas deficitárias, para não dizer, algumas falidas. Não podem continuar como se nada fosse, as direções destas empresas têm que nos apresentar um plano de recuperação, que vamos ver a pertinência, que vamos negociar, e em segundo lugar, tem que haver um compromisso para os próximos anos”, – disse o primeiro-ministro.
Patrice Trovoada quer também mudanças ao nível do ministério das Finanças e Administração Pública, considerando que “não pode ser um problema para o sector privado”.
O encontro entre o governo e as empresas públicas, dos Institutos e representantes do Estado no Conselho da administração das empresas comparticipadas pelo estado, decorreu num dos hotéis da capital são-tomense.