O Presidente são-tomense disse hoje que é necessário esclarecer cabalmente a crise de combustíveis que paralisou o país por mais de duas semanas para não se repetir o mesmo erro, e que a responsabilização deve der feita.
Interpelado pela imprensa no aeroporto de São Tomé, antes de viajar para Gabão para participar numa cimeira de chefes de Estado da Comunidade Económica do Estados da África Central (CEEAC), Carlos Vila Nova disse que acompanhou a crise de escassez de combustíveis “com precaução” e “com preocupação”, assinalando que “estando a situação resolvida ou controlada” o país pode agora tirar ilação.
“É verdade que o problema de combustível é um procedimento de rotina São Tomé e Príncipe – São Tomé e Príncipe já importa combustível há muitos anos – e agora, como também disse o senhor primeiro-ministro, importa esclarecer cabalmente o que aconteceu para que não se cometa os mesmos erros e se há responsabilização que ela também deva ser feita”, disse o Presidente são-tomense.
“Eu acho que é preciso saber o que se passou e é preciso evitar que volte a acontecer porque [por] 15 dias o país esteve paralisado”, sublinhou Carlos Vila Nova.
O Presidente são-tomense disse que não responde as críticas que lhe têm sido feitas pelo Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partidos Social Democrata (MLSP/PSD), o maior partido da oposição são-tomense.
São Tomé e Príncipe ficou sem combustível até a última sexta-feira, devido a dificuldades de abastecimento porque o navio que transportou o combustível proveniente do Togo, por razões técnicas e apesar de várias tentativas, não conseguiu descarregar.
As autoridades são-tomenses tiveram que recorrer aos serviços da Estação da Voz da América no arquipélago que disponibilizaram 500 mil litros de gasóleo para evitar o colapso do país.
Para ultrapassar a crise foi necessário um navio mais pequeno também proveniente do Togo e com as características necessárias para receber o combustível do primeiro navio e depois fazê-lo chegar aos terminais.
A oposição são-tomense acusou o Governo de “incompetente” na gestão da crise e pediu a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito para averiguar todo o processo de compra do lote de combustível e as responsabilidades pela crise subsequente.