Eurídice Aguiar é a primeira mulher eleita reitora da Universidade de São Tomé e Príncipe e assumiu o cargo com cinco objectivos para tornar a instituição um “verdadeiro espaço de produção do conhecimento” e a “melhor e mais importante universidade do país”.
“O empossamento de um reitor significa um momento de expectativas e de esperança na vida da universidade, o que implica saber dignificá-la, promover o seu progresso, a sua autonomia e permitir uma maior interação com a sociedade”, sublinhou Eurídice Aguiar.
A nova reitora da Universidade de São Tomé e Príncipe (USTP) foi eleita no início de junho, numa assembleia eletiva em que concorreram nove candidatos, sendo a primeira vez que a reitoria da USTP foi escolhida por voto direto dos seus pares e não por indicação do Governo.
“Vejo a minha eleição à reitora com empenho neste processo de maior dinamização e ligação à sociedade suportada em uma ambição em dinamizar mais e prosperar a universidade de São Tomé e Príncipe como a melhor e a mais importante universidade do país”, disse Eurídice Aguiar.
A nova reitora da USTP é licenciada em enfermagem, pós-graduada em gestão integrada dos cuidados de saúde, mestre em recursos humanos e gestão de conhecimento, doutora em ciências de educação.
Há mais de 14 anos que trabalha na única universidade pública de São Tomé e Príncipe, tendo desempenhado nos últimos o cargo de presidente do Instituto Superior de Ciências da Saúde Victor Sá Machado, que forma quadros são-tomenses com cursos médios e licenciaturas em várias áreas da saúde.
Eurídice Aguiar definiu cinco eixos fundamentais para os próximos quatro anos do seu mandado, entre os quais “o reforço de competências e valorização dos recursos humanos” através da “valorização da valorização de competências e formação qualificada”.
Disse ainda que vai apostar no “aperfeiçoamento do processo de ensino e aprendizagem e em métodos de ensino mais inovadores adaptados às necessidade dos alunos que entram na USTP”, bem como a “promoção à investigação e produção de conhecimento”.
A nova reitora quer promover “maior envolvimento com a sociedade”, intervindo ao nível de atividades com projetos, “pesquisa e ensino na sociedade pautada por uma responsabilidade ética e sustentável”.
“Assim entendemos que devemos lutar para que se consagre a universidade como verdadeiro espaço de produção do conhecimento e de reflexão, parceiro impulsionador de desenvolvimento”, sublinhou Eurídice Aguiar, prometendo “um sistema de governação participativa” com “cultura de maior exigência e rigor através de avaliação e da responsabilização interna”.
A cerimónia de tomada de posse da nova reitora foi presidida pela ministra são-tomense da Educação, Cultura e Ciências, que sublinhou as expectativas do Governo para o mandato da nova equipa.
“A universidade deve ser reconhecida como uma instituição que desempenha importante papel para o desenvolvimento humano e sustentável na sociedade contemporânea e não uma instituição para resolver problemas de grupos”, advogou Isabel de Abreu.
“Além disso ela deve ser capaz de retribuir o investimento que recebe do Estado, da comunidade desenvolvendo estudos, pesquisas e projetos de extensão compatíveis com as reais necessidades da população em benefícios comum”, acrescentou.
A ministra da Educação são-tomense disse que é compromisso do Governo “promover a excelência académica, a pesquisa de vanguarda e a formação de profissionais altamente qualificados”.