Quase 700 são-tomenses preparam partida para a Jornada Mundial da Juventude em Portugal

Uma delegação da Pastoral Juvenil são-tomense encontrou-se com o chefe do executivo do arquipélago, Patrice Trovoada, e disse ter recebido encorajamento e “toda a colaboração do primeiro-ministro”.

Juventude -
Rádio Somos Todos Primos

Cerca de 700 são-tomenses começam a viajar entre 22 a 31 julho para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) na capital portuguesa, revelou hoje fonte da diocese são-tomense, após receber encorajamento do primeiro-ministro Patrice Trovoada.

“Neste momento ao todo já estamos perto de 670 inscritos, entre peregrinos, voluntários e escuteiros que vão poder participar e apoiar em toda a organização da jornada”, disse a porta-voz da Pastoral Juvenil da Diocese de São Tomé e Príncipe.

Eloisa Cabinda explicou que o número de inscritos ainda poderá aumentar uma vez que há inscrições que estão a ser feitas diretamente com a organização de Lisboa e depois comunicada a São Tomé.

“Nós vamos levar todo o nosso dinamismo, todo o nosso espírito de santomensidade, levar a nossa cultura, erguer a nossa bandeira, não só representar a diocese, mas em particular representar São Tomé e Príncipe, que é uma oportunidade para darmos a conhecer o nosso país”, apontou Eloisa Cabinda.

Uma delegação da Pastoral Juvenil são-tomense encontrou-se com o chefe do executivo do arquipélago, Patrice Trovoada, e disse ter recebido encorajamento e “toda a colaboração do primeiro-ministro”.

“O primeiro-ministro nos encorajou como jovens, nos solicitou a colaboração para continuar a trabalhar na mudança de comportamento, de mentalidade da nossa juventude, e sobretudo disse que está muito feliz por esta representação, está confiante que São Tomé terá um bom desempenho durante todo este processo de participação na jornada”, referiu Eloisa Cabinda.

A representante da Pastoral Juvenil da Diocese de São Tomé e Príncipe enalteceu e agradeceu a colaboração da embaixada de Portugal em São Tomé durante todo o processo de organização para e atribuição de vistos para os integrantes da delegação são-tomense.

“Desde sempre abriram esta disponibilidade para nos suportar em todo o processo de vistos, apresentaram os requisitos que nós tínhamos que reunir para essa solicitação e conseguimos reunir, e ainda nos deram isenção de visto para todos os peregrinos”, disse Eloisa Cabinda.

Questionada sobre a possibilidade de aproveitamento da participação na JMJ como oportunidade para emigração por parte de muitos inscritos, Eloisa Cabinda sublinhou que a organização seguiu “todas as orientações, as regras da conferência episcopal de Angola e São Tomé e Príncipe para que as pessoas pudessem inscrever para a jornada”.

“Dentre esses requisitos as pessoas têm que ser necessariamente católicas praticantes, que fizessem parte de grupos de trabalho [da igreja] (…) têm que ter uma espiritualidade muito preparada para podermos lidar com a diversidade que podemos encontrar com outras culturas”, explicou a responsável.

“Não podemos dizer que as pessoas estejam a aproveitar ou não esta oportunidade para poder emigrar porque seguimos as regras da igreja, os requisitos foram determinados, as pessoas reuniram esses requisitos e nós procedemos às inscrições (…) se têm esta intenção nós não conseguimos determinar”, acrescentou Eloisa Cabinda.

A representante da Pastoral Juvenil da Diocese de São Tomé e Príncipe justificou o número de participantes são-tomenses na JMJ em Portugal por se tratar de um país muito mais próximo, que é familiar, partilha do mesmo idioma, representar menos custos de participação em relação países que acolheram os eventos anteriores.

A JMJ Lisboa 2023 realiza-se entre 01 e 06 de agosto, com as principais iniciativas a decorrerem em Lisboa, no Parque Eduardo VII, na zona de Belém e no Parque Tejo (a norte do Parque das Nações e em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures).

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