A Santa Casa da Misericórdia de São Tomé e Príncipe vai executar um projeto em parceria com o Governo para o acolhimento, alimentação e apoio médico aos doentes mentais que circulam nas ruas do arquipélago, segundo o provedor da instituição.
O projeto ‘Ké Nón’, que em português significa “Nossa casa”, será um centro de dia que vai funcionar no antigo espaço da Caritas de São Tomé, na capital são-tomense.
“Qualquer um que circula pela praça vê que há de facto necessidade de um espaço para acolher os doentes mentais que não são agressivos, não ofendem ninguém, precisam simplesmente de ser acolhidos, ter acompanhamento em termos de medicação, higiene e tudo mais”, diz à RSTP o provedor da Santa Casa da Misericórdia de São Tomé e Príncipe.
Acácio Elba Bonfim acrescenta que o centro vai ser “um complemento daquilo que faz a psiquiatria”, apesar das dificuldades.
O representante da Santa Casa da Misericórdia sublinha que o projeto iniciou-se com o Governo anterior e foi acolhido pelo atual executivo são-tomense e a cooperação portuguesa, “que viu este projeto com muitos bons olhos e prometeu apoiar também”.
“Sentimos um carinho especial dos Governos em relação ao projeto. Lembro-me que numa das decisões do Conselho de Ministros do atual Governo falou-se da necessidade de apoiar a Santa Casa neste projeto e nós acreditamos que isso há de acontecer”, refere Acácio Elba Bonfim.
No entanto, sublinha que ainda não estão acautelados os recursos financeiros e materiais para o funcionamento do projeto, nem há estimativa do número exato de doentes mentais que serão atendidos.
Em junho o ministro da Saúde de São Tomé e Príncipe, Celsio Junqueira, disse que o projeto tem um orçamento de cerca de 15 mil euros, que inclui ações “para a expansão e criação de espaço de atendimento na própria psiquiatria do Hospital” Ayres de Menezes.
