O arroz híbrido da China é cultivado em mais de 8 milhões de hectares em mais de 60 países, tendo conseguido alimentar em média mais de 20% da população em todo o mundo com apenas 7% de hectares de terra arável, de acordo com uma pesquisa feita pelos especialistas chineses.
O cultivo de arroz começou há 7 mil anos na China e o seu consumo há cerca de 3 mil anos, e atualmente o arroz é um dos alimentos básicos dos chineses.
Os chineses também enfrentaram a escassez do alimento, uma situação que foi mudada por Yuan Longping, considerado o pai do arroz híbrido e conhecido por desenvolver as primeiras variedades deste arroz na década de 1970, parte da Revolução Verde na agricultura.
O arroz híbrido refere-se à seleção de duas variedades de arroz com certas diferenças genéticas e características complementares para produzir novas variedades com maiores vantagens.
No início dos anos de 1990, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), listou a produção do arroz híbrido como a medida estratégica preferida para resolver o problema de escassez de alimentos nos países em desenvolvimento. Desde então a China começou a enviar especialistas ao exterior e o arroz híbrido começou a desempenhar um papel importante nos projetos de assistência ao exterior da China e na governança alimentar global.
Atualmente, mais de 60 países têm a base de demonstração piloto de arroz híbrido.
“A região onde o arroz híbrido foi desenvolvido melhor é o sudeste asiático beneficiado pela produção em larga escala do arroz híbrido. O Vietname, país importador de arroz tornou-se o segundo maior exportador do mundo. Na África, destacou-se em Madagáscar com 70.000 hectares de plantação” adiantou o pesquisador adjunto da Academia de Ciências Agrícolas de Hunan, Deng Huafeng.
Contudo, através dos esforços dos especialistas chineses e dos estrangeiros, o arroz híbrido conseguiu realizar a indenização em tantos países distantes da China. O Brasil é um grande produtor de arroz. Hoje, o arroz híbrido também tem certa participação no mercado brasileiro.
“Nos últimos 20 anos, a produção do arroz por 20 hectares do Brasil cresceu cerca de 50%, e isto é beneficiado pela melhoria constante das variedades convencionais e introdução da tecnologia do arroz híbrido da China. O sonho da vida de Yuan Longping, é desenvolver o arroz híbrido para dedicar-se ao bem-estar da humanidade [e] podemos dizer que este sonho já se tornou realidade”, garantiu o especialista em arroz, Chu Qiren.
O arroz híbrido já foi cultivado em dezenas de países na África, América e Ásia, aumentando a segurança alimentar e fornecendo uma fonte de alimento robusta em áreas com alto risco de fome.
Em 2017, a República Popular da China ofereceu mil toneladas de arroz a São Tomé e Príncipe em 40 contentores. Recentemente, o Governo Popular da Província de Jiangsu, na China, manifestou o interesse em estreitar a cooperação com São Tomé e Príncipe nas áreas da agricultura, do cultivo e da formação de profissionais no sector agrícola, de acordo com uma fonte oficial do Governo daquela província, em entrevista à RSTP.