A Federação das Pessoas com Deficiência de São Tomé e Príncipe consideram que a não aplicação de convenções internacionais e regulamentação da lei base pelo Estado “dificulta muito a vida dos deficientes” e “é uma perturbação”, particularmente para as pessoas cegas.
“As pessoas cegas têm tido diversos desafios e sentimos um pouco desconfortáveis, porque não estamos a conseguir superar a falta desses dois documentos”, disse a presidente da Associação dos Cegos e Amblíopes de São Tomé e Príncipe (Acastep), Eugénia Neto.
A presidente da ACASTEP que falava durante o 6º episódio da Podcast da ONU sob lema “A inclusão das pessoas com deficiência” exortou ao Estado são-tomense a criação de programa especial para a melhoria de vida das pessoas com deficiência em São Tomé e Príncipe.
“Eu acredito que se realmente o Estado pensar num programa especial para pessoas com deficiência em São Tomé e Príncipe as coisas podem melhorar e tenho esperança de que no futuro os deficientes não virão a sofrer igual há mais de 50 anos”, referiu Eugénia Neto.
Eugénia Neto sublinhou que os deficientes visuais não têm sido integrados no mercado de trabalho por falta de formação e apoios.
“A vontade não falta, mas os meios é não temos”, sublinhou a líder associativa.
O presidente da Federação das Associações de Pessoas com Deficiências em STP representado por Osvaldo Reis, sublinhou que estes desafios poderiam ser minimizados com a aplicação de jurisdições como a convenção dos direitos das pessoas com deficiência e a aplicação da Lei de Base de direitos das pessoas com deficiência já aprovada e regulamentada por sucessivos governos.
“Não se aceita que hoje em dia continuamos a assistir construções sem acesso para as pessoas com deficiência”, reclamou Osvaldo Reis, apontando também a “ausência de uma lei de acessibilidade no país”.
Durante o 6º episodio do PODCAST da ONU foram destacadas as iniciativas das Nações Unidas em parceria com o Governo são-tomense na criação de uma sala básica para cegos e amblíopes na escola básica de Atanásio Gomes.
