O Governo são-tomense vai instalar câmaras de vigilância em toda a capital do país que serão monitorizadas pelo centro de comando operacional da Polícia Nacional para reforçar a segurança interna, anunciou o ministro da Defesa.
Desde agosto que a Polícia Nacional são-tomense instalou câmaras em alguns pontos da cidade, particularmente no aeroporto, no âmbito das medidas de reforço de segurança da 14.ª cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) realizada no arquipélago.
“Agora estamos a trabalhar num projeto que vai apetrechar toda a nossa cidade capital com câmaras de vigilância”, disse hoje o ministro da Defesa e Administração Interna, Jorge Amado, em declarações aos jornalistas no final de uma visita ao comando policial, na capital são-tomense.
Segundo Jorge Amado, o projeto “num montante de aproximadamente 500 mil euros” já tem financiador e “irá proporcionar que a polícia possa ter condições para visualizar todos os lugares mais críticos”.
“Estamos convictos que será para este ano porque os projetos já estão elaborados, já foram enviados, e espero que dentro de dois ou três meses comece a haver a reação por parte do financiador […], para se poder junto das nossas forças fazer o levantamento para a instalação das respetivas câmaras”, adiantou Jorge Amado.
O ministro da Defesa e Administração Interna escusou-se, contudo, em revelar o financiador do projeto.
O ministro considerou ainda que “a Polícia Nacional está cumprindo com os seus objetivos”, sublinhando que está em todo o país “tentando preservar as vidas das pessoas e os bens das pessoas”.
Jorge Amado sublinhou também que a Polícia Nacional é “um órgão não politizado”, onde não se aceita que se faça política “porque tem que estar em condições de servir a todos os cidadãos nacionais”.
Relativamente ao problema de falta de recursos humanos e materiais, o ministro da Defesa prometeu que o Governo tentará resolve-los.
“A Polícia que nós temos neste momento não está em condições de dar respostas que nós pretendemos”, admitiu.
Segundo o ministro, neste momento existe um polícia para mais de três mil pessoas, quando o rácio deveria ser um agente para cerca de 200 cidadãos.
Contudo, acrescentou, a partir de quarta-feira “mais 240 homens e mulheres serão incorporados”.
Jorge Amado adiantou ainda que “está preparada a formação para esses agentes” e também a formação contínua para os que já estão a trabalhar neste momento.