“Comigo o PCD voltará a ser um partido grandioso” – candidato João Bonfim

O antigo ministro dos Assuntos Sociais de governos do PCD nos anos 90 apontou existência de um “desfile de horror” devido os acontecimentos de 25 de novembro de 2022 e a “manipulação que o poder político constituído está a fazer dos tribunais e o desprezo que se tem dado ao papel do Presidente da República”.

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Rádio Somos Todos Primos

O candidato à presidência do Partido de Convergência Democrática (PCD), João Bonfim prometeu que se for eleito, a força política que liderou dois governos do país “voltará a ser um partido grandioso” capaz de formar um governo reformador para “tirar o país do poço”.

“Sou candidato ao cargo de presidente do PCD porque comigo o PCD voltará a ser um partido grandioso, respeitado e com todos os atributos para voltar a dirigir um Governo de São Tomé e Príncipe que seja credível e reformador”, declarou João Bonfim, durante a apresentação de sua candidatura, na terça-feira, na sede do PCD, com a presença de vários dirigentes desta força política.

“Quero ser candidato à presidente do PCD para ser o chefe de um Governo que volte a tirar o país do poço em que, infelizmente, voltou a cair. A forma como se tem governado o nosso país colocou a sua credibilidade pelas ruas da amargura, fazendo dele motivo de ironia, porque a governação não tem idoneidade nem carisma e porque se revela absolutamente incompetente”, acrescentou.

João Bonfim é um dos membros fundadores do PCD, força política que nasceu em São Tomé e Príncipe após a abertura do país ao multipartidarismo na década de 90 que chegou a chefiar dois Governos da República.

“Sou candidato à liderança do PCD porque deposito uma grande crença na democracia. Sempre acreditei genuinamente que um Governo sujeito à avaliação do povo, com base no poder do voto, que deve ser verdadeiro e sem manobras e no protesto, ordeiro e pacífico, tem mais motivos para ser eficaz”, sublinhei João Bonfim.

O candidato a presidência do PCD considerou que “é importantíssimo criar condições para o crescimento robusto da economia para que seja possível melhorar o rendimento dos cidadãos, dispor de meios para o financiamento das despesas essenciais do Estado e para promover o emprego, em particular para os jovens, de modo a estancar a fuga destes para o estrangeiro devido à falta de oportunidade e ao desencanto”.

“A situação em que o país se encontra atualmente, marcado pelo risco, cada vez mais evidente, de supressão da democracia e da instauração, outra vez de um clima de medo, de perseguição e de barbaridade contra os cidadãos, não pode deixar indiferente os democratas e especialmente todos aqueles que lutaram, bravamente, pela criação de uma sociedade que respeita a natureza e a qualidade da pessoa humana e, consequentemente, o pluralismo de ideias”, disse João Bonfim.

O antigo ministro dos Assuntos Sociais de governos do PCD nos anos 90 apontou existência de um “desfile de horror” devido os acontecimentos de 25 de novembro de 2022 e a “manipulação que o poder político constituído está a fazer dos tribunais e o desprezo que se tem dado ao papel do Presidente da República”.

Para o João Bonfim a solução prometida ao país pelo Governo da ADI, liderado pelo primeiro-ministro, Patrice Trovoada “se tem revelado mentirosa e enganadora” porque o país está em “crise grave, mergulhado numa desordem social, com salários e pensões irrisórios para a esmagadora maioria da população”.

O PCD é atualmente um partido da oposição sem assento no parlamento são-tomense e tem o congresso previsto para 09 de março.

Nas últimas eleições o partido incorporou-se no Movimento Basta fundado por Delfim Neves que elegeu dois deputados.

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